sábado, 21 de março de 2020

Profissionais da saúde estão sendo agredidos a caminho de hospitais em São Paulo

Profissionais da área de saúde estão sendo agredidos no caminho para o trabalho. Médicos, enfermeiros, auxiliares técnicos que utilizam o transporte público são hostilizados por pessoas, que jogam objetos e fazem o sinal da cruz
(Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)

247 - Nos últimos dias em São Paulo, com o avanço da pandemia de coronavírus e das desinformações propagadas pelo governo federal sob Bolsonaro, vários profissionais da saúde — como médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem — têm estão sendo hostilizados e até agredidos a caminho dos hospitais de São Paulo em que trabalham.

A reportagem do portal Uol destaca que "muitos moram longe do emprego e usam transporte coletivo, o que assusta outros passageiros por causa da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. É o caso da auxiliar Marina, 32, que usa o metrô todos os dias para ir ao trabalho no Hospital AC Camargo, na região central da capital. Ela chegou aos prantos no trabalho ontem."

Uma profissional da área, que não quis se identificar, afirmou: "estava de branco na estação Paraíso esperando o trem quando jogaram uma marmita em mim do andar de cima."

Ela completa: "não tenho certeza se jogaram em mim, eu estava mantendo distância de todo mundo já, mas sinto no meu coração que sim. Ouvi uns xingamentos momentos antes, e a marmita quase pegou na minha perna."

A matéria destaca mais um depoimento: "'uma colega nossa estava de branco no ponto de ônibus para vir até o hospital e tomou um empurrão pela costas anteontem', conta um enfermeiro do Hospital das Clínicas, na zona oeste da capital."

A descrição do episódio assusta: "'olhou para trás e uma senhora fez o sinal de cruz com cara feia", afirma o profissional. "Teve uma turma de técnicos que saiu do plantão na Beneficência Portuguesa e foi impedida de entrar no vagão na estação Vergueiro do Metrô por um grupo de pessoas. Outro amigo foi xingado na calçada. Está difícil."

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