Por Doriel Barros, presidente da Fetape
As mobilizações ocorridas ontem (16) no País, patrocinadas pelo PSDB,
demostraram claramente que a sociedade brasileira não reconhece esse
partido como seu representante.
Durante vários dias, o PSDB exibiu, em horário nobre, durante sua
propaganda partidária, a convocação explícita do povo para pedir o
Impeachment da presidenta Dilma. Apesar disso, as mobilizações desse
domingo foram menores do que as ocorridas em junho de 2014 e abril de
2015, frustrando as expectativas dos seus organizadores.
Essa redução de participantes foi ocasionada pelo conteúdo da pauta
sugerido pela mobilização, que teve como ponto central estabelecer um
golpe na democracia do País. O povo brasileiro, em sua maioria, sabe o
significado do Golpe de 64 e não vai patrocinar a volta do
aprisionamento da nossa gente, não vai calar a voz da nossa sociedade.
Por isso, grande parte das pessoas não foi às ruas.
Durante algum tempo, propagou-se que os movimentos sociais tinham
perdido sua capacidade de mobilização, que não mais representavam a
classe trabalhadora. Isso era proclamado por aqueles que apostavam em
nosso (dos movimentos) fim. A mobilização de ontem, além impor uma
derrota aos PSDB, reafirma quem realmente consegue levar a classe
trabalhadora às ruas, a exemplo das 70 mil mulheres que participaram da
Macha das Margaridas, em Brasília, no ultimo dia 12, a partir de uma
articulação do Movimento Sindical e dos Movimentos Sociais.
A Direita acreditou que por criticar a presidenta Dilma, em algumas
decisões, os Movimentos se posicionariam contrários ao Governo. O que
foi um grande engano, pois, apesar de todas as dificuldades, esse
Governo ainda é melhor para a classe trabalhadora do que foram as
gestões do PSDB.
Os movimentos estão e sempre estarão nas ruas, diferente dos
demagogos, para criticar os Governos nos seus erros, mas defendendo um
Brasil que respeite a sua Constituição e a sua democracia.
Em Pernambuco, estiveram nas rurais políticos como Jarbas Vasconcelos
e Mendonça Filho, entre outros que já governaram o estado, e cujos
governos não adotaram medidas para proteger o patrimônio do povo, mas,
pelo contrário, venderam a CELPE e sucatearam os espaços públicos, sem
falar no apoio que deram ao Governo de FHC, que ignorou Pernambuco e os
mais pobres. Esses agora vêm se apresentar como defensores do povo
brasileiro.
O ditado que diz que o povo tem memória curta é uma aposta da Direita
e dos seus adeptos, que querem voltar ao poder. Porém, tenho conversado
com muita gente que tem como grande sonho para 2018 o retorno do
pernambucano Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, o que demonstra que a
população tem sim uma boa memória, e sabe o que é melhor para o nosso
País.
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