segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Acidente com Eduardo: pilotos são culpados diz FAB

Do UOL
modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, mesmo modelo que transportava o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos
  • modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, mesmo modelo que transportava o candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos
O comandante do avião que caiu em agosto de 2014 em Santos matando sete pessoas, entre elas o então candidato à Presidência Eduardo Campos, não cumpriu as instruções da carta aeronáutica previstas para a aterrisagem na Base Aérea do Guarujá, onde a aeronave deveria ter pousado.
As informações foram divulgadas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão ligado à FAB (Força Aérea Brasileira), durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (26). Ainda de acordo com o órgão, o comandante Marcos Martins forneceu informações incorretas sobre seu posicionamento aos centros de controle de tráfego aéreo. De acordo com o Cenipa, ainda não é possível, no entanto, afirmar determinar as causas do acidente.
Segundo o investigador-encarregado do Cenipa, tenente-coronel aviador Raul de Souza, Marcos Martins não seguiu o trajeto previsto nas cartas aeronáuticas. "Ele fez o trajeto diferente do que está na carta", disse o militar.
O Cenipa informou que, antes da primeira tentativa de pouso, o piloto deveria sobrevoar o ponto chamado de "bloqueio", que fica sobre a pista. Após esse procedimento, o comandante deveria fazer uma curva à direita, depois retornar em direção ao ponto de "bloqueio", chamado agora de "rebloqueio", seguir em direção ao oceano e fazer uma curva à esquerda, reduzir a velocidade e tentar o pouso.
Segundo Raul de Souza, com base em informações obtidas a partir do cruzamento das informações repassadas por Marcos Martins ao controle de tráfego sobre sua localização e das coordenadas do voo obtidas com dados de satélite, Marcos Martins forneceu informações incorretas sobre sua localização no momento da aproximação do avião.
Em vez de fazer as duas curvas previstas na carta aeronáutica, Marcos Martins fez a aproximação pelo oceano Atlântico e teria tentado pousar diretamente. "Ele passou informações fora da posição prevista", disse o investigador-encarregado do Cenipa, Raul de Souza.

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