quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

A primeira promessa foi a arma e não o emprego

Do Blog de Inaldo Sampaio

Bolsonaro herdou 14 milhões de desempregados. É um número que assusta qualquer governante, sabendo-se que o Brasil cresce a passos lentos e que para recuperar os postos de trabalho que perdeu levará pelo menos uma década. O enfrentamento dessa questão foi uma das promessas de campanha do atual presidente da República, bem como do poderoso ministro da Economia, Paulo Guedes, que escolheu a dedo todos os membros da equipe econômica – presidentes do Banco Central, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Petrobrás, Secretário da Receita Federal. No entanto, a cabeça do presidente ainda não está focada nessas questões, e sim em temas ideológicos e relacionados com a segurança. Seu decreto assinado anteontem, flexibilizando a venda de armas de fogo para defesa pessoal, foi um grande desserviço prestado à nação e o tempo haverá de comprovar isto. No Brasil assassinaram-se em 2018 mais de 64 mil pessoas, a maior parte delas por arma de fogo. Deduz-se, portanto, que o país precisa desarmar sua população para enfrentar esse problema, e não o contrário, conforme asseguram os mais acreditados estudiosos dessa matéria. Permitir que cada cidadão possa comprar até quatro armas foi a primeira promessa cumprida pelo novo presidente, quando sua prioridade deveria ter sido algo na área econômica para tentar reduzir o desemprego.

A cabeça de Bolsonaro continua focada em temas ideológicos e de segurança pública.

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