Coluna do Estadão - Andreza Matais
Quem convive com o agora ex-presidente da Petrobrás Pedro Parente usa uma frase habitual dele para explicar seu pedido de demissão. Para qualquer situação, o executivo sempre disse que era melhor queimar o fusível do que o motor. No caso, ele é o “fusível” e Temer, o “motor”.
Com índice de popularidade baixo e o apoio no Congresso se esvaziando no ano eleitoral, o emedebista precisa dar respostas para a população que cobra também a redução do preço da gasolina. Sabendo disso, Parente avaliou que estava atrapalhando, mais do que resolvendo.
Parente não deu chance para o presidente Temer pedir que ficasse no cargo. Narra um interlocutor: “Como ele tirou do paletó uma cartinha, não caberia fazer nenhum apelo”. Estava gélido, nervoso e, para alguns, assustado
A atitude recebeu críticas de quem acha que ele deveria ter negociado melhor sua saída. “Parente pensou nele, só nele. O governo, o País, que se dane”, diz um auxiliar próximo de Temer.
Apesar disso, Temer não teria se abalado. “Depois de ter enfrentado dois milhões de caminhoneiros, com diálogo, não iria se desequilibrar com a demissão de um executivo”, garante um aliado.
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