segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Autorizada quebra de sigilo em inquérito sobre Aécio

Ação apura suposta maquiagem de dados do banco durante CPI.

Mariana Oliveira - Da TV Globo, em Brasília
O ministro do Supremo Tribunal  Federal Gilmar Mendes determinou quebra do sigilo de dados do Banco Rural. A decisão vale para um inquérito que apura suposta participação do presidente nacional do PSDB, senador AécioNeves (MG), em uma suposta maquiagem de dados para esconder a existência do mensalão tucano durante a apuração da CPI que investigou o mensalão do PT. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (17).
O inquérito se baseia na delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (MS). Segundo Delcídio, os dados fornecidos pelo extinto Banco Rural à CPI dos Correios atingiriam o senador Aécio Neves "em cheio" se não tivessem sido "maquiados" pela instituição financeira. Gilmar Mendes também autorizou que a Polícia Federal analise vídeos sobre a suposta retirada de documentos da comissão.

O inquérito
O inquérito se baseia na delação premiada do senador cassado Delcídio do Amaral (MS). Ainda segundo Delcídio, Aécio enviou emissários à CPI para que o prazo de entrega das quebras de sigilo fosse "delongado", sob a justificativa de que não haveria tempo hábil para preparar as respostas à comissão.
Conforme o senador cassado, essa "maquiagem" teria consistido em apagar informações "comprometedoras" que envolviam Aécio Neves.
À época da veiculação do conteúdo da delação premiada de Delcídio do Amaral, a assessoria de Aécio divulgou uma nota à imprensa na qual afirmou que as citações ao nome dele eram "mentirosas" e "que não se sustentam na realidade e se referem apenas a 'ouvir dizer' de terceiros."
De acordo com a assessoria do senador Aécio Neves, "as citações [de Delcídio] são absurdas e totalmente descabidas, o que restará comprovado ao final das investigações que contam com todo o  apoio do PSDB".

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