sábado, 8 de setembro de 2012

POESIA ENGAJADA : VERDE, AMARELO E AZUL


Verde, Amarelo e Azul

Nosso verde, aquele verde
Hoje representa as florestas devastadas
Terras desmanteladas, covardemente exploradas
Seria o amarelo o ouro roubado, com trabalho escravo
Desde que acharam um lugar que deram o nome de Brasil
Minas Gerais pegou o quinto, Serra Pelada, o formigueiro humano
Entra ano sai ano e tudo continua tão covarde tão desumano
E o azul do céu, poluído, pobre cinza
Pelas fábricas que exploram mão de obra barata
Proprietários fazem fortunas, onde homens cumprem suas penas encarceradas pela máquina.
Dizem que trabalho é algo digno, propaganda que te faz escravo, explorado, calado e assalariado.
E essas estrelas que nunca brilham
E o herói que nunca aparece, nunca salva ninguém
Por isso mesmo já rasgou seu uniforme por um mísero vintém
Sua alma foi vendida barato, seu novo uniforme: terno e gravata
Esse maldito só aparece no horário eleitoral, sorriso falso, decadente e banal
No final ainda leio: ordem e progresso
E realmente isso aconteceu
Eles se organizaram e progrediram
Exploraram, roubaram, humilharam, tomaram tudo
Tudo que a natureza deu de graça
O braço que corta a cana, a cana que a cachaça
Eles progrediram tomaram e acabaram com tudo
E não sobrou nada, apenas um poesia
Verdadeira, romântica, trágica, gritante e alucinada.

Poesia escrita pelo colaborador do blog Luís Ferreira Jr., da cidade de Cachoeirinha-PE, Graduado em História pela UPE - Garanhuns. 

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