sexta-feira, 18 de maio de 2012

ARTIGO DE OPINIÃO: GRATIDÃO


Gratidão
  Talvez seja o fato de está lecionando a disciplina Filosofia, que hoje eu tive o desejo de fazer um texto mais filosófico. Existe um pensamento de Shakespeare que diz “sopra, sopra, ó vento hibernal, mas tua rudeza não é tão grande quanto à ingratidão humana”. Esse pensamento pode até ser um exagero, mas devemos nos perguntar: ‘Pode a ingratidão humana ser mais gélida do que auge dum forte inverno?’ Infelizmente, muitos têm tido motivos para concordar com a observação de Shakespeare.
Desde os tempos das cavernas, necessitamos uns dos outros. Individualmente, não podemos ser dotados de tudo que precisamos para vivermos isolados dos nossos semelhantes. Poucos de nós desejamos ser eremitas, ou podemos sobreviver como tais. Assim fica evidente de que carecemos uns dos outros.
Mas, então, o que move alguém a ser ingrato? Talvez pareça um tanto severo, mas, basicamente, é o egoísmo. Há vários graus de egoísmo, naturalmente, percorrendo toda a gama, desde a desatenção até o egocentrismo. A pessoa que demonstra a falta de consideração talvez fique surpresa e, até mesmo ferida, quando alguém lhe aponta sua falta de gratidão, mas a pessoa egocêntrica nem se preocupa com isso, muitas vezes cega pelos interesses próprios; não tendo olhos para enxergar o oceano de motivos para o agradecimento.
No mundo moderno capitalista, parece que não há mais espaço para a palavra OBRIGADO. Como quase tudo pode ser comprado, as pessoas não sentem a necessidade de agradecer a ninguém. Poucas vezes, vemos alguém agradecendo a um amigo de trabalho pelo o apoio, agradecendo aos pais pelo carinho deles, agradecendo a Deus pela vida. O OBRIGADO é uma palavra em desuso em nossos dias.
Talvez, o fato de termos sido feitos à imagem e semelhança de Deus, muitos do alto de sua arrogância, ache-se o próprio Deus. Mas Descarte, no extraordinário pensamento, diz “o que é o homem natureza? Um nada em comparação com o infinito, um tudo em face do nada, um intermediário entre o nada e o tudo”. Esse belíssimo pensamento põe os arrogantes em seu devido lugar.
Portanto devemos refletir sobre o quanto somos pequenos diante do mundo e, para que possamos vencer as batalhas, necessitamos arregimentar um vasto exército de amigos; e, assim, a vitória sobre as dificuldades da vida ficará mais fácil. Encerro esse texto com uma frase milenar: PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS (És pó e a ele voltarás).
Texto escrito pelo colaborador do blog: Professor José Fernando da Silva, Graduado em História pela UPE: Garanhuns-PE. Este texto foi revisado pela Professora Maria Cicera da Silva, Especialista em Lingua Portuguesa pela UPE: Garanhuns. Acompanhe todas as sexta feiras um ártigo do colaborador. 
 


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