O Palácio do Planalto viu com
preocupação a ordem de busca e apreensão nas dependências do Senado com o
objetivo de desmontar um esquema de “contrainteligência” que atuaria
para blindar os senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Gleisi Hoffmann
(PT-PR), além dos ex-senadores José Sarney (PMDB-AP) e Lobão Filho
(PMDB-MA).
O presidente Michel Temer e o ministro
da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, fizeram questão de
telefonar para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que
estava em Alagoas no momento da operação, nesta sexta-feira, 21. Renan
não escondeu a contrariedade com declarações do titular da Justiça,
Alexandre de Moraes, para quem servidores da Polícia do Senado
“extrapolaram” sua competência e realizaram “uma série de atividades
direcionadas à obstrução da Justiça”.
No Planalto, porém, a ordem é não
comentar o assunto e muito menos a prisão do deputado cassado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), na quarta-feira, 19, para não jogar o problema no
“colo” do governo. Embora nos bastidores os rumores sejam de que Cunha
tentará fechar acordo de delação premiada, podendo apontar o dedo para
auxiliares de Temer e envolver o próprio presidente, em público o mantra
é “vida que segue”.
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