247 - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo,
afirmou nesta terça-feira (16) que nenhum delator que prestou depoimento
na Operação Lava Jato disse que o dinheiro doado à campanha da
presidente Dilma Rousseff tinha origem ilícita.
"Pelas informações que foram divulgadas, nenhum delator disse que o
dinheiro que veio para a campanha de Dilma Rousseff tinha origem
ilícita. Fala-se de 'campanhas', que houve 'doações'. Da onde se tira
que foi a campanha da presidente Dilma, especificamente, e não todas as
outras que também receberam doações das empreiteiras? Chega a ser
patético", disse.
As declarações de Cardozo são uma resposta ao ofício do juiz Sergio
Moro, que informou ao Tribunal Superior Eleitoral estar "comprovado" que
propinas da corrupção na Petrobras abasteceram campanhas políticas por
meio de doações oficiais.
O ministro afirmou que o ofício de Moro "não faz qualquer relação" da
campanha de Dilma com recursos ilegais e que "não traz nenhum fato
direto contra a presidente". "É absurdo imaginar que na informação
prestada pelo juiz Sergio Moro tenha qualquer situação imputável à
campanha de Dilma", disse.
Segundo ele, setores da oposição usam o ofício de Moro para
"construir algo que não existe". "Aliás, é muito comum falar
genericamente em campanhas, e é importante lembrar que essas
empreiteiras doaram inclusive para partidos de oposição", concluiu
Cardozo.
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