Em
uma atitude raríssima, o presidente do Supremo Tribunal Federa, Ricardo
Lewandowski, abriu nesta quarta-feira (23) as portas de seu gabinete
para que a imprensa acompanhasse a audiência pedida
a ele pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para discutir
a decisão da corte que suspendeu o rito do impeachment no Legislativo.
Além
do constrangimento imposto a Cunha, o presidente do STF disse a ele que
não há dúvidas sobre o rito determinado pelo tribunal na semana
passada. A corte determinou nova votação para
escolha dos membros da comissão especial que vai analisar o pedido de
impeachment, em votação aberta. Também rejeitou a apresentação de nomes
"avulsos" para a comissão, sem a chancela dos líderes partidários.
O
presidente da Câmara, acusado de se beneficiar do petrolão e com um
pedido de afastamento do cargo e do mandato a ser analisado pelo próprio
STF, pediu a Lewandowski celeridade na publicação do acórdão da
decisão. A Casa deve entrar com embargos declaratórios, tentando
esclarecer alguns pontos, como o que ocorrerá se o plenário rejeitar os
integrantes da comissão indicados pelos líderes. (Da Folha de S.Paulo)
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