O governador Paulo Câmara analisou como positiva a discussão, realizada nesta quarta-feira (08.02), no Palácio do Planalto, em Brasília, sobre a possibilidade de destravamento da Ferrovia Transnordestina. Durante a reunião, Paulo, os ministros Eliseu Padinha (Casa Civil) e Maurício Quintella (Transportes, Portos e Aviação), os governadores Wellington Dias (Piauí) e Camilo Santana (Ceará),
além do parceiro privado da intervenção avaliaram medidas que podem ser
implementadas para desfazer os obstáculos para o prosseguimento das
obras da via férrea. "Eu acho
que demos um passo importante, a partir do momento em que todas as
partes sentaram à mesa para iniciar um processo de busca de
alternativas, de destravamento dos gargalos com uma obra que é
fundamental, estruturante para três Estados do Nordeste e que servirá
também para toda a região", destacou Câmara.
Na
reunião, os participantes acertaram que uma das primeiras ações do
grupo será procurar o Tribunal de Contas da União (TCU) para garantir o
cumprimento de todas as etapas necessárias para a retomada da obras. "Vamos
todos - os governadores, o Governo Federal e o parceiro privado - ao
TCU dar os esclarecimentos necessários, solicitar que haja uma
priorização nessa análise. E, ao mesmo tempo, vamos viabilizar o que for
necessário no aspecto estrutural, no âmbito dos governos dos Estados, e
buscar, tanto com a União quanto com o parceiro privado, que não haja
mais nenhum tipo de entrave, nem de falta de recursos financeiros, para
que essa obra seja concluída", destacou o gestor pernambucano.
Paulo explicou que já há
uma garantia de R$ 300 milhões, por parte do FINOR (Fundo de
Investimentos do Nordeste), e mais R$ 130 milhões, do OGU (Orçamento
Geral da União) para a conclusão da Ferrovia Transnordestina. "E há, ao
mesmo tempo, um acordo entre o parceiro privado e o Governo Federal para
que, em todo o andamento da obra, seja disponibilizado 50% de parte de
cada item deste. Então, isso dá uma engenharia necessária para a
finalização da obra", detalhou.
A
conclusão da Transnordestina, de acordo com Paulo, acena para o
fortalecimento da economia nordestina, possibilitando benefícios à
população. "Em um momento de crise
como esse, no qual precisamos gerar emprego, precisamos gerar negócios,
precisamos fazer com que o desenvolvimento da Região Nordeste seja uma
prioridade, no âmbito das obras federais. A gente tem que colocar a
importância da finalização dela, da geração de emprego. E para que a
gente tenha, em um futuro próximo, condições de escoar muita produção .
Produção que, pelo Porto de Suape, pode alcançar todo o mundo e pode
alcançar todo o Brasil", salientou.
O
esforço que cada parte integrante deste debate precisa imprimir para
resolver a questão da ferrovia também foi apontado como primordial pelo
governador para a sequência da Transnordestina. "A
gente tem que trabalhar, como gestor público, para que as obras
inacabadas sejam finalizadas. Porque ela tem serventia, ela é
fundamental para o desenvolvimento de Pernambuco e do Nordeste, e ela
tem um olhar para o futuro. Então, obras como essa é que a gente quer
priorizar, quer cobrar. E eu, como governador de Pernambuco, não vou me
omitir em buscar soluções necessárias, tanto das concessões como também
junto ao Governo Federal", enfatizou.
"Uma
obra que liga Eliseu Martins (no Piauí) até o Porto de Suape, passando
por Trindade, Salgueiro, pelo Sertão e Agreste pernambucano. São mais de
1,2 mil quilômetros, então isso mostra claramente que precisa-se de uma
ênfase, precisa-se de uma resolutividade. Ela é uma obra, hoje, parada,
que já tem um avanço físico de mais de 50% e que agora precisa ser
concluída", destacou o governador de Pernambuco.