Folha de S.Paulo - Isabel Fleck, de Washington
O
presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (10) que
considera assinar um novo decreto depois que uma corte de apelação decidiu manter suspensa sua ordem executiva barrando cidadãos de sete países de maioria muçulmana.
Após
a nova derrota sobre o tema na Justiça, a expectativa era que Trump
levasse, o quanto antes, o caso à Suprema Corte. Na quinta, a Corte de
Apelação do 9º Distrito, na Califórnia, anunciou a manutenção de uma
liminar que permite a entrada de refugiados e de cidadãos de Síria,
Líbia, Irã, Iraque, Iêmen, Somália e Sudão no país, desde que tenham
vistos válidos.
A
incerteza sobre a vitória nessa instância, porém, fez a Casa Branca
frear o anúncio dessa decisão. Hoje, a mais alta corte do país tem
quatro juízes de tendência conservadora e quatro mais liberais —e ele
teria de convencer cinco deles de que a suspensão do decreto põe em
risco a segurança nacional.
Há
um assento vago, para o qual Trump já nomeou Neil Gorsuch, mas ele
ainda precisa ser confirmado pelo Senado. Em caso de empate, permanece a
decisão atual, de suspensão do decreto.
Nesta
sexta, Trump não deixou claro se recorreria à Suprema Corte, mas disse
que vai "ganhar essa batalha". "A parte ruim é que isso toma tempo, mas
nós vamos vencer essa batalha. Ainda temos muitas outras opções,
incluindo uma ordem completamente nova."
Ele acrescentou que a decisão deve ser anunciada na próxima "segunda ou terça".
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