Blog do Kennedy
É
muito arriscado para o presidente Michel Temer adiar a votação e deixar
engavetado, mas aberto, um tema tão delicado. Por isso, o governo deve
mobilizar sua tropa para tentar barrar em 2 de agosto na Câmara a
autorização para que o Supremo Tribunal Federal analise a denúncia do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da
República.
Para
Temer, seria péssimo não ter derrubado a autorização para o Supremo
analisar a primeira denúncia de Janot e surgir uma segunda acusação para
a Câmara analisar.
Hoje,
a tendência seria uma vitória do governo. Mas um fato novo, como uma
delação do doleiro Lúcio Funaro ou do ex-presidente da Câmara, pode
trazer complicações.
Para
sobreviver politicamente, Temer decidiu contar com uma base menor,
formada por partidos conservadores do chamado Centrão. Assim, imagina
ter assegurados 220 aliados fiéis para enfrentar as acusações de Janot.
Integrantes
desses partidos demandam mais espaço no governo justamente em cima de
cargos hoje em poder de tucanos. Como o PSDB está cada vez mais distante
de Temer e liberou os deputados a votar como quiserem em relação à
denúncia de Janot, o presidente pode acionar a guilhotina e demitir
ministros tucanos.
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