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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

PT vai questionar atuação da Casa Civil em caso Marcela

A liderança do PT no Senado, representada pela senadora Gleisi Hoffmann (PR), vai protocolar representação na Comissão de Ética Pública da Presidência para questionar a ação movida pela Casa Civil que levou à censura de reportagens veiculadas sobre primeira-dama Marcela Temer. Na interpretação da assessoria jurídica, a Casa Civil não poderia ser usada para a defesa de um caso privado, ao passo que assuntos da Estado deveriam ser defendidos exclusivamente pela Advocacia-Geral da União (AGU).
A ação foi movida na última sexta-feira, 10, pelo subsecretário de assuntos jurídicos da Presidência da República, Gustavo do Vale Rocha. Para a assessoria jurídica do PT, a ação caracteriza atuação privada do subsecretário como advogado de Marcela. Entretanto, pelo cargo que ocupa na Casa Civil, a atuação de Gustavo Rocha como advogado sem informação prévia à Comissão de Ética Pública configuraria conflito de interesse, conforme previsto na Lei 12.813, de maio de 2013.
A conduta estaria em desconformidade ainda com o estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que prevê que dirigentes de órgãos jurídicos da administração pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura.
Além da representação na Comissão de Ética Pública, o PT estuda fazer um requerimento de informações ao Ministério do Planejamento e à Casa Civil sobre o assunto e requerer um posicionamento da AGU sobre a aplicação das normas que regem a AGU ao cargo de Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.

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