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domingo, 5 de fevereiro de 2017

Miriam Leitão, enfim, culpa Temer pelo rombo fiscal

Abaixo, um trecho de sua coluna
O déficit do ano passado representou uma piora significativa nas contas públicas e há dúvidas sobre se o governo vai cumprir a meta deste ano. A situação fiscal é dramática. O governo Temer concedeu aumentos salariais a servidores que vão continuar elevando as despesas nos próximos anos. Em 2017, o Orçamento conta com receitas não garantidas. O país permanece afundado no atoleiro das contas públicas.
O governo se apresenta como reformista e fiscalista porque aprovou o teto de gastos e quer fazer a reforma da previdência. Isso é uma parte dos fatos. Mas ao assumir ele concedeu aumentos a várias categorias do funcionalismo divididos pelos anos seguintes. As parcelas vão elevar os custos até depois do fim deste mandato. Essa é a mesma armadilha que foi construída pelo PT no Rio Grande do Sul. Agora o estado está quebrado, mas tem que dar aumento aos funcionários todos os anos.
Na semana passada, o governo Temer criou um ministério e recriou outro. Um dos seus acertos havia sido a redução do número de pastas. No ano passado, ao assumir, o governo disse que iria explicitar o déficit que estava escondido em um orçamento que contava com receitas não garantidas. Agora, ele também está contando com receitas que podem não se realizar. Por isso, vários economistas estão refazendo os cálculos sobre quanto terá que ser cortado do Orçamento para se chegar à meta, que é um déficit de R$ 139 bilhões.

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