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domingo, 13 de novembro de 2016

Temer e o corte das despesas

Carlos Brickmann
Michel Temer diz que, se não cuidar dos gastos, o Brasil vai a falência em 2023. Luta para aprovar a emenda constitucional que limita gastos públicos, promete reformar a Previdência para deixá-la mais barata.
Enquanto isso, o mesmo Michel Temer gastou R$ 596 mil num show, no último dia 7, em homenagem ao centenário do samba - um show exclusivíssimo, para 600 convidados, com Neguinho da Beija-Flor, Áurea Martins, Márcio Gomes e André Lara. Fafá de Belém foi contratada exclusivamente para encerrar o espetáculo com o Hino Nacional. Terminado o show, coquetel para 600 pessoas, coisa fina. Somos pobres mas sabemos o que é bom, principalmente quando o Tesouro paga a conta.
O Legislativo se esforça para ficar à altura do Executivo: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, passeia no Azerbaijão com tudo pago por nós, e ainda recebe diárias. No Judiciário, o ministro Ricardo Lewandowski, que está na faixa mais alta dos vencimentos de servidores públicos, pede um bom aumento. Se tudo sobe, por que os vencimentos sobem menos?

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