247 – O apoio do
PMDB ao PT, na eleição presidencial de 2014, custou R$ 40 milhões. Essa
montanha de dinheiro era arrecadada por Eduardo Cunha, tesoureiro
informal do PMDB, e distribuída por Michel Temer aos candidatos do
partido. De onde vinham os recursos? De grandes fornecedores da
Petrobras, como as empreiteiras Odebrecht e OAS.
Esse é o resumo da reportagem de
capa da revista Época deste fim de semana, que, se vier a ser
comprovada, terá como desfecho inevitável a queda de Michel Temer da
presidência da República, na ação que corre no Tribunal Superior
Eleitoral e vem sendo conduzida a toque de caixa pelo ministro Herman
Benjamin.
Temer já tentou, sem êxito, separar
as contas da sua campanha das contas de Dilma. Como é improvável que
isso ocorra, Época já aborda, em sua capa deste fim de semana, a
possibilidade de eleições indiretas para a presidência da República, em
2017, com um novo governo escolhido pelos deputados.
No entanto, essa situação criaria um
novo problema: como permitir que deputados corruptos, dos quais cerca
de 200 foram financiados por Cunha, escolham um novo presidente?
De qualquer modo, a permanência de Temer no poder é cada vez mais incerta.
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