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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Apadrinhado de Temer vai depor durante impeachment

Lauro Jardim
Michel Temer pode ter mais uma dor de cabeça na Lava-Jato, em meio à votação do impeachment de Dilma no Senado.
No dia 26, o lobista João Augusto Rezende Henriques, um dos operadores do PMDB no petrolão, deixará o Complexo Médico-Penal, em Pinhais (PR), para depor em Curitiba.
De acordo com Delcídio Amaral em sua delação, João Augusto foi apadrinhado por Michel Temer para uma diretoria na BR Distribuidora, em 1998.
Entre 1999 e 2000, o então diretor teria comandado o esquema do etanol, em que os preços do produto eram manipulados nas compras da BR.
Mais tarde, em 2007, ao pleitear a diretoria internacional da Petrobras, João Augusto também teve Temer pedindo por ele, até que foi vetado pela então chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, devido a pendências no TCU pelo tempo em que esteve na BR.
Diante do veto, ainda segundo Delcídio, Temer teria passado a apoiar Jorge Zelada, que acabou diretor internacional e hoje, a exemplo de João Augusto, está preso em Curitiba.
Depoimentos para Sérgio Moro podem ser desastrosos para investigados com foro privilegiado.
Foi assim, por exemplo, a primeira pancada que Eduardo Cunha levou na Lava-Jato. Júlio Camargo foi convocado por Moro para falar e, como quem não quer nada, detonou Cunha.

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