247 - O jornalista Luiz Carlos Azenha, do Viomundo,
afirma que "o vazamento da falsa delação premiada do senador petista
Delcídio do Amaral é lance de House of Cards". Ele cita o que disse o
procurador-geral Rodrigo Janot, que classificou de “ato jornalístico”,
não jurídico. Azenha pondera que "o que está em jogo é muito: a
destituição e possível prisão da presidente da República e do
ex-presidente Lula".
O jornalista do Viomundo pondera as possibilidades que envolvem a divulgação da falsa delação:
"1. O próprio Delcídio pode ter vazado? Sim, emitindo um sinal de que
se tiver o mandato salvo no Senado, pelo PMDB e PSDB, pode devolver o
favor derrubando Dilma e prendendo Lula. Por outro lado, ele perde
consideravelmente o poder de chantagem, já que qualquer mudança ou nova
versão dada ao que foi publicado pela IstoÉ enfraquece a credibilidade
do delator.
2. Alguém ligado à Lava Jato ou à oposição pode ter vazado? Sim, já
que isso turbina as manifestações de 13 de março. Pode ser também uma
forma de constranger o Supremo a homologar logo a delação do senador
petista. Mas, como existe o risco de desgastar o papel de Delcídio como
delator, fica a dúvida.
3. O próprio governo poderia ter se adiantado para desarmar armadilha
de Delcídio? Possível. Seria uma forma de tirar dele o poder de
chantagem e esvaziar o timing do juiz Moro e/ou da oposição. É
razoavelmente conhecida a tática de furar o balão informativo alheio. O
conteúdo de outro “vazamento” recente, que dava conta da quebra de
sigilo de Lula e de toda a sua família, não se concretizou. Nada melhor
que o vazamento de uma falsa delação premiada para desmoralizar futuros
vazamentos, mas é óbvio que o conteúdo da IstoÉ enfraquece Dilma, Lula e
o PT, já que ao longo do dia o conteúdo foi transformado em verdade
absoluta pela mídia".
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