Já que o batuque de um afoxé enfeitiçado ainda rola noite a dentro e
pelos vindouros dias, expondo o melhor da raça, achei por bem lembrar
com todas as letras as figuras daqueles que deram maioridade ao carnaval
carioca e, por extensão, ao brasileiro.
FALO DE LEONEL DE MOURA BRIZOLA, DARCY RIBEIRO E OSCAR NIEMEYER.
O carnaval não teria sido o que mostrou estes dias se não fosse a corajosa determinação de Brizola, em 1983, de mandar acabar com o mafuá do monta e desmonta, que existia como um pardieiro sob o controle da fina flor da contravenção, num ambiente de propinas a granel.
Determinação que tomou com o seu exército brancaleone, para o qual fui convocado com outros 9 "homens de confiança", enfrentando a sabotagem da Rede Globo e da maior parte da mídia, que chegou a divulgar "preocupações" de engenheiros sobre rachaduras que ameaçavam a segurança do público.
A Globo, que já tinha o monopólio da audiência, se recusou a retransmitir o desfile. Foi graças ao senso de oportunidade do velho Adolpho Bloch que a Rede Manchete habilitou-se a levar para o mundo as imagens da grande festa popular brasileira. E pontificou na liderança daqueles dias.
Pela Globo, diga-se sem medo, continuaria aquele esquema corrupto em que cada montagem e desmontagem tinha praticamente o preço de um sambódromo de alvenaria.
Foi essa a primeira grande vitória de Brizola sobre Roberto Marinho, vencida em condições quixotescas.
Poucos sabem – por que muitos escondem – aquele cenário colossal numa área de 85 mil metros quadrados foi erguido em apenas 4 meses. Brizola e Darcy fizeram as vezes de supervisores de obra junto ao engenheiro José Carlos Sussekind, que seria depois o grande construtor dos CIEPs.
POUCOS SABEM – POR QUE MUITOS ESCONDEM - SOB AS ARQUIBANCADAS DE CONCRETO ARMADO, FOI PROJETADO UM COMPLEXO ESCOLAR DE HORÁRIO INTEGRAL COM 160 SALAS DE AULA, PENSADO PARA A ROTINA DE 10 MIL CRIANÇAS.
E não ficou só nisso: rompendo com o domínio total dos banqueiros de bicho mudou a estrutura da própria competição, que passou a ser em dois dias. Daí para cá, outros estados construíram suas passarelas permanentes para o carnaval das escolas de samba.
Só não sei se algum governante teve a mesma generosa determinação: as 160 salas de aula já levaram o conhecimento e garantiram a cidadania de mais de 100 mil estudantes, que passam o dia aprendendo mais do que samba no pé.
FALO DE LEONEL DE MOURA BRIZOLA, DARCY RIBEIRO E OSCAR NIEMEYER.
O carnaval não teria sido o que mostrou estes dias se não fosse a corajosa determinação de Brizola, em 1983, de mandar acabar com o mafuá do monta e desmonta, que existia como um pardieiro sob o controle da fina flor da contravenção, num ambiente de propinas a granel.
Determinação que tomou com o seu exército brancaleone, para o qual fui convocado com outros 9 "homens de confiança", enfrentando a sabotagem da Rede Globo e da maior parte da mídia, que chegou a divulgar "preocupações" de engenheiros sobre rachaduras que ameaçavam a segurança do público.
A Globo, que já tinha o monopólio da audiência, se recusou a retransmitir o desfile. Foi graças ao senso de oportunidade do velho Adolpho Bloch que a Rede Manchete habilitou-se a levar para o mundo as imagens da grande festa popular brasileira. E pontificou na liderança daqueles dias.
Pela Globo, diga-se sem medo, continuaria aquele esquema corrupto em que cada montagem e desmontagem tinha praticamente o preço de um sambódromo de alvenaria.
Foi essa a primeira grande vitória de Brizola sobre Roberto Marinho, vencida em condições quixotescas.
Poucos sabem – por que muitos escondem – aquele cenário colossal numa área de 85 mil metros quadrados foi erguido em apenas 4 meses. Brizola e Darcy fizeram as vezes de supervisores de obra junto ao engenheiro José Carlos Sussekind, que seria depois o grande construtor dos CIEPs.
POUCOS SABEM – POR QUE MUITOS ESCONDEM - SOB AS ARQUIBANCADAS DE CONCRETO ARMADO, FOI PROJETADO UM COMPLEXO ESCOLAR DE HORÁRIO INTEGRAL COM 160 SALAS DE AULA, PENSADO PARA A ROTINA DE 10 MIL CRIANÇAS.
E não ficou só nisso: rompendo com o domínio total dos banqueiros de bicho mudou a estrutura da própria competição, que passou a ser em dois dias. Daí para cá, outros estados construíram suas passarelas permanentes para o carnaval das escolas de samba.
Só não sei se algum governante teve a mesma generosa determinação: as 160 salas de aula já levaram o conhecimento e garantiram a cidadania de mais de 100 mil estudantes, que passam o dia aprendendo mais do que samba no pé.
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