O governador Paulo Câmara e o ministro da Integração Nacional,
Gilberto Occhi, assinaram, hoje, em Brasília, o Plano de Trabalho da
Adutora do Agreste. De acordo com o gestor pernambucano, a principal
mudança provocada pelo instrumento será a consolidação de uma estratégia
elaborada pela Compesa que vinha sendo discutida com os técnicos do
Ministério para que a Adutora tenha funcionalidade antes da construção
do Ramal do Agreste, obra federal que deverá ser executada até 2020.
“Esse acordo com o Governo Federal é fundamental para que a gente
consiga realmente beneficiar Pernambuco a partir da Transposição das
águas do Rio São Francisco. Precisamos, agora, é assegurar o fluxo de
recursos para dar mais velocidade às obras”, comentou Paulo Câmara. O
governador esteve na Integração Nacional acompanhado do Secretário de
Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, do deputado federal Fernando
Monteiro e do presidente da Compesa, Roberto Tavares.
No novo Plano de Trabalho, foi aprovada a construção da Adutora do
Moxotó, que trará água da barragem de mesmo nome, no Eixo Leste da
Transposição do São Francisco, para os municípios de Arcoverde e
Pesqueira. A iniciativa poderá se estender para todo o eixo principal da
Adutora do Agreste, passando por Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó e São
Caetano. Essa obra está estimada em R$ 80 milhões e será colocada em
licitação nos próximos dias.
Com relação ao fluxo financeiro que será disponibilizado pela
Integração Nacional para este ano, o Governo de Pernambuco solicitou que
sejam alocados R$ 420 milhões em 2016 e R$ 350 milhões para 2017, dos
cerca de R$ 770 milhões que faltam ser repassados. Gilberto Occhi
informou que não pode definir, neste momento, pois o decreto que
distribui os tetos orçamentários do Governo Federal deverá ser publicado
em fevereiro, quando haverá uma nova reunião no Ministério da
Integração.
Paulo fez uma explanação do quadro da seca no Estado, apesar das
chuvas de verão ocorridas neste mês. A zona rural apresentou melhoras na
situação de pequenas barragens e algumas cidades estão voltando a ter o
abastecimento pela rede de distribuição (Águas Belas, Caetés e
Capoeiras, por exemplo). Mas Jucazinho, a principal barragem que atende a
muitos municípios do Agreste, continua em situação crítica.
Na reunião com a presidente Dilma Rousseff, ocorrida no final de
novembro de 2015, o governador Paulo Câmara apresentou um plano de
trabalho com ações para enfrentamento da seca, com adutoras
emergenciais, implantação de flutuantes nas captações do São Francisco e
de estações compactas de tratamento.
Paulo Câmara cobrou do ministro a formalização desses investimentos,
que dependem de decisão orçamentária. Occhi sinalizou que Pernambuco
receberá cerca de R$ 33 milhões. Também ficou acertado que a Compesa irá
refazer os planos de trabalho, priorizando as obras para que a
assinatura desses convênios seja feita o quanto antes.
A principal obra desse programa é a interligação emergencial do
Sistema Palmeirinha, em Bom Jardim, ao Sistema Jucazinho, entrando pela
cidade de Surubim e atendendo os municípios do entorno: Salgadinho,
Casinhas, Santa Maria do Cambucá, Vertentes, Vertente do Lério, Frei
Miguelinho e Toritama.
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