Denúncia
do Ministério Público Federal é publicada pela Veja; procurador diz que
jogador e seu pai teriam criado empresas de fachada e adulterado
documentos
A revista Veja divulga em sua edição deste sábado detalhes sobre a denuncia feita pelo Ministério Público Federal contra Neymar,
do Barcelona, por sonegação de impostos, além de falsidade ideológica.
Segundo a publicação, o jogador e seu pai estão envolvidos no processo,
além do ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell e o atual, Josep Maria
Bartolomeu. A pena para esses dois crimes pode chegar a cinco anos de
prisão.
A
reportagem teve acesso à denúncia sigilosa feita pelo procurador Thiago
Lacerda Nobre na última quarta-feira. Segundo a acusação, Neymar pai e
Neymar filho criaram empresas de fachada e adulteraram documentos para
pagar menos impostos. A ideia seria fugir dos altos impostos cobrados a
pessoas físicas (27,5%) criando empresas de fachada para receber a maior
parte dos salários pagos pelo Santos e dos contratos de publicidade. A
manobra teria significado feito com que o jogador abatesse mais de 50%
dos impostos a pagar.
Ao
longo de seis anos, foram abertas três empresas por Neymar e seu pai: a
Neymar Sport e Marketing, a N&N Consultoria Esportiva e a N&N
Administração de Bens. Segundo a denúncia da Procuradoria, nenhuma delas
teria capacidade econômico-financeira, gerencial ou operacional" para
administrar a carreira de Neymar - os sócios eram o pai e a mãe de
Neymar e havia apenas dois funcionários, que trabalhavam como
seguranças. A acusação afirma também que de 2010 a 2013, Neymar recebeu
43,78 milhões de reais do Santos, mas só 8,1 milhões em forma de
salário, como pessoa física. O restante foi por meio dos "contratos de
imagem" firmados com suas empresas. Apenas em 2011, as companhias dos
Neymar também selaram ao menos onze contratos com patrocinadores, que
somaram quase 75 milhões de reais.
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