O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF
(Supremo Tribunal Federal) pedido de prorrogação de inquéritos que
investigam a ligação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-RJ),
e mais sete congressistas com o esquema de corrupção da Petrobras. Essa
é a quarta extensão requisitada pela Procuradoria nesses casos, que
começaram a ser apurados em março. Com isso, as apurações devem se
estender até fevereiro.
Ao todo, Renan é alvo de cinco inquéritos que investigam sua suposta
participação nos desvios da estatal. Cada um investiga um fato
diferente. Há suspeita de que o peemedebista tenha sido beneficiado com
pagamento de propina de contratos de navio-sonda e ainda recursos da
Transpetro. O deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), apontado como
intermediário de Renan no esquema, também é alvo no Supremo. Os pedidos
serão analisados pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no
Supremo.
Janot quer ainda mais prazo para investigar os senadores Gleisi
Hoffmann (PT-PR), Valdir Raupp (PMDB-RO), Humberto Costa (PT-PE), Edison
Lobão (PMDB-MA), Lindbergh Farias (PT-RJ), além do deputado José Mentor
(PT-SP) e do ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC).
Teori já ampliou as investigações de outro inquérito envolvendo o
senador Edison Lobão, o senador Fernando Bezerra (PSB-PE), e os
deputados Simão Sessim (PP-RJ), José Otávio Germano (PP-RS) e Dudu da
Fonte (PP-PE).
Ao todo, o Supremo investiga 68 pessoas, sendo 14 senadores, 23
deputados, o ministro de Estado Edinho Silva (Comunicação) e o ministro
do TCU (Tribunal de Contas da União) Raimundo Carreiro por suspeita de
ligação com a Lava Jato.
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