O acerto anterior entre Eduardo Cunha e os tucanos para aprovar a
abertura do processo de impeachment era o de montar uma pantomima: ele
recusaria o pedido de abertura do processo e, com um recurso ao
plenário, estes liderariam uma votação onde, por maioria simples – no
máximo 257 votos dos 513 deputados, ou menos, caso o quorum não fosse
total – fariam abrir o processo.
Mas, como o acordo com o PMDB tirou-lhes a certeza de conseguir
maioria, os tucanos e Eduardo Cunha resolveram partir para um "plano B",
descrito agora há pouco pela Folha.
O acerto foi preparado durante o final de semana prolongado, como
convém ao golpismo e, certamente, implica numa paga ao favor "cunhal"
que,. certamente, não é barato.
"Aditar" o pedido com o argumento de que as ditas "pedaladas fiscais"
estariam ocorrendo também este ano, para evitar o óbice constitucional –
artigo 86 da Carta – de que não se poderia processar um Presidente por
fatos ocorridos antes de seu mandato (e, por extensão, em mandato
anterior).
Seria, ainda, a maneira de reverter os pareceres jurídicos da Câmara que opinam pela rejeição dos pedidos apresentados.
Vê-se, portanto, que o conluio Cunha-PSDB segue a todo o vapor.
Danem-se as contas na Suíça, os cartões de crédito, as roubalheiras que os homens de Cunha providenciaram a seu favor.
Vão restaurar a moralidade à custa de qualquer imoralidade que possam arranjar.
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