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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Uma brechinha ali, um jeitinho aqui

Por Renata Bezerra de Melo
Da Coluna Folha Política

Logo no início do debate, a comissão especial, instituída para debater a Reforma Política, na Câmara Federal, foi atropelada, e o relator foi destituído. Na sequência, o presidente da Casa, Eduardo Cunha, ligou a seta para o lado do distritão, mas o resultado que obteve foi apenas a manutenção das velhas coligações e a implantação de uma cláusula de desempenho, tachada de “ridícula” por parlamentares (basta ao partido ter um representante em um das duas casas). Ontem, para não deixar a polêmica de lado, a Câmara definiu que terminaria a votação por um tópico, no mínimo, curioso: a possibilidade de o candidato concorrer a dois cargos (um majoritário e um proporcional) na mesma eleição. A emenda é do líder do PMDB, Leonardo Picciani. “Leia-se: de Eduardo Cunha (presidente da Câmara). Ele quer disputar o mandato de governador do Rio de Janeiro e deputado federal”, critica  o deputado federal Jarbas Vasconcelos. E arremata: “Essa é a reforma de Eduardo Cunha”.

“Ser candidato 
a dois cargos foi coisa da década de 50 e acabou lá atrás, quando a opinião pública não era tão organizada”, compara Jarbas Vasconcelos
Reforma às avessas  
Outro item que dividiu a Câmara Federal foi a janela de 30 dias para políticos insatisfeitos mudarem de partido, às vésperas da eleição. “É um casuísmo”, critica Jarbas. E prossegue: “Essa reforma é tão improvisada que o presidente, muitas vezes, parou a sessão, no meio da votação, e foi ao gabinete dele resolver, antes de voltar com a solução. É uma esculhamb

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