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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Dilma: "BC independente é ter quarto poder no País"

247 – A presidente Dilma Rousseff voltou a criticar duramente, na manhã desta segunda-feira 22, a proposta da adversária do PSB, Marina Silva, de tornar o Banco Central independente. Para a petista, que concedeu entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, isso significaria criar um "quarto poder" no Brasil. O discurso é similar ao da propaganda eleitoral do PT, que diz que Marina pretende dar aos "banqueiros" poder de decisão de um presidente da República e do Congresso Nacional sobre assuntos que têm efeito direto "sobre a sua vida e de sua família", como "os juros que você paga, seu emprego, preços e até salários".
Os jornalistas Ana Paulo Araújo e Chico Pinheiro criticaram o programa e questionaram se Dilma achava certo ficar "colocando medo nas pessoas". Dilma respondeu: "Tudo o que eu falo está no programa da candidata. A candidata diz: vou tornar o Banco Central independente. Ora, Banco Central independente nos termos do Brasil é colocar um quarto poder na Praça dos Três Poderes. Aí vai chamar Praça dos Quatro Poderes. Está escrito isso. Mas não é só isso. Ela diz que vai reduzir o papel dos bancos públicos", afirmou a presidente.
Chico Pinheiro trouxe à tona a posição do procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, de que a propaganda era "tendenciosa" e que "poderia gerar estados emocionais desapegados da experiência real, ou seja, não é verdade". Dilma afirmou: "ele disse 'poderia', isso é uma opinião dele. Isso vai ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Do meu ponto de vista, eu quero meu direito de defesa". Questionada se não considera que está "amedrontando" as pessoas com essa linha de raciocínio, Dilma disse que "não", está "alertando as pessoas".
Voltando à proposta em si, Dilma foi questionada sobre exemplos de países que tornaram o Banco Central independente, como Chile e Reino Unido, e de acordo com a jornalista Miriam Leitão, tiveram resultados positivos. A presidente Dilma disse que o papel do BC é "única e exclusivamente controle da inflação" e que nem os Estados Unidos estão conseguindo fazer esse controle. "Hoje, no mundo, ninguém está conseguindo cumprir todas as metas no ponto. Oscila. Lá também oscila", disse.

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