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domingo, 10 de agosto de 2014

Educação: O quem pensam Armando e Paulo

(Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco)
Eduardo Sol
Da Folha de Pernambuco
O candidato da coligação Pernambuco Vai Mais longe, Armando Monteiro Neto (PTB), líder nas pesquisas até agora, escolheu, desde antes ainda dos lançamentos oficiais das candidaturas e suas respectivas homologações, a Educação como a prioridade de sua campanha.
Tanto que faz elogios tímidos ao governo de Eduardo Campos (PSB), do qual participou, mas não poupa críticas na área de educação, onde acredita que “pouco foi feito”. Para o candidato, ele nem precisa dizer nada sobre a situação educacional do Estado.
“O Ideb é quem diz. Pernambuco tem um índice de avaliação que nos coloca numa posição ruim no ranking nacional. E agora não cabe falar de onde estamos. Cabe agora dizer o seguinte: como podemos dar uma virada? Como podemos fazer Pernambuco avançar nos próximos anos? E como podemos utilizar alguns exemplos e modelos bem sucedidos que foram adotados em outros estados?”, questiona, reafirmando ser esse o maior desafio de sua candidatura.
A proposta educacional da Pernambuco Vai Mais Longe, de acordo com o candidato a vice na chapa de Armando, o deputado federal Paulo Rubem (PDT), é “transformadora”. “Vamos abolir a separação federativa que existe. O Estado tem de ser responsável por toda a educação, da creche ao último ano do ensino médio”, afirmou.
Para ele, isso será feito com recursos, apoiando as gestões municipais, mas, sobretudo, com apoio pedagógico. “Nós queremos investir pesado na Universidade Estadual de Pernambuco, que tem alta capacidade em formar professores”, garantiu Paulo Rubem. Na última quinta-feira, por exemplo, a dupla teve mais um encontro com professores de todas as esferas para debater o tema.
A chapa, que já tem um esboço do que terá publicado no site oficial de Armando Monteiro Neto, pretende fechar o plano para a área em 14 pontos amplamente discutidos com o próprio setor. Entre eles, uma mudança na maior vitrine do atual governo: as escolas integrais.
Eles querem não só ampliar como também modernizar esse processo. Armando ainda ressaltou a proposta de reservar uma “espécie de cota” do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) do Estado para “estimular e premiar os municípios que mostrarem um melhor desempenho”. Além disso, quer valorizar o magistério. “Temos de ter um bom plano de carreiras, com formação continuada dos professores”, concluiu o candidato.

Paulo Câmara aposta nas escolas técnicas

(Arthur Mota/Folha de Pernambuco)
Eduardo Sol
Da Folha de Pernambuco
Candidato escolhido e apoiado pelo ex-governador Eduardo Campos, portanto defensor dos oito anos de gestão do PSB em Pernambuco, Paulo Câmara não tem como criticar as ações na área da Educação. Pelo contrário, defende todos os números, projetos e iniciativas no setor feitas por seu padrinho político. Mesmo assim escolheu os investimentos na área educacional como prioridade na sua gestão, caso seja eleito governador.
Embora sua candidatura não tenha ainda fechado um programa para o setor, há pontos já conhecidos, divulgados por Paulo Câmara em seus encontros e entrevistas. O principal deles é a construção de uma rede de escolas técnicas.
O candidato quer pelo menos mais 40 dessas unidades profissionalizantes (atualmente são 27) em seu primeiro ano de mandato, atendendo a 50 mil alunos. O socialista considera que isso é fundamental para o desenvolvimento do Estado.
“Vamos garantir que os cursos oferecidos estejam integrados às vocações locais e às oportunidades de negócios que surgem”, disse, em entrevista recente.
Também prometeu a criação de uma faculdade estadual voltada para a formação de professores para essas escolas técnicas. Paulo quer ainda a ampliação do que considera “experiência exitosa das escolas integrais”.
A ideia é que todas as unidades estaduais tenham esse perfil. Atualmente, não chega a 30% do total. O candidato a vice na chapa da Frente Popular, o deputado federal Raul Henry (PMDB), completa dizendo que essa universalização do modelo de escolas integrais não pode ficar só em nível estadual.
“Vamos criar um programa para dar apoio aos municípios, para que toda a rede de ensino possa ser em período integral”, garante. Com relação aos professores, Paulo Câmara promete manter e ampliar o sistema adotado recentemente pelo Governo Estadual, de apoiar a meritocracia, pagando bônus aos melhores professores e incentivando os demais a se capacitarem.
Para isso, será criada a Política Estadual de Qualificação e Educação Profissional. Outra proposta de impacto em seu discurso é a promessa da criação de um campus da Universidade Estadual de Pernambuco (UPE) em Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú. Além disso, quer parcerias com os municípios para atendimento à primeira infância, de zero a três anos.

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