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sexta-feira, 28 de março de 2014

Berzoini: "Vamos mostrar o que foi a Petrobras de FHC"

247 – Entre os 13 ministros trocados pela presidente Dilma Rousseff nas últimas semanas, o bancário e deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), anunciado nesta sexta-feira 28, tem a missão política mais complexa. Como Hércules, para cumprir com sucesso seu papel ele terá, a partir da terça-feira 1º de abril, quando toma posse na Secretaria de Relações Institucionais, de realizar algo como 12 trabalhos. Um mais difícil do que o outro. De saída, escolheu o enfrentamento com a CPI da Petrobras.
— Não há motivo para ficarmos na defensiva. Vamos para a ofensiva, vamos mostrar o que foi a Petrobras no governo Fernando Henrique (Cardoso) e o que é a Petrobras nos governos Lula e Dilma. Está claro que o interesse é eleitoral, não há qualquer interesse de investigação sério e o caso (Pasadena) já está sendo investigado pelas autoridades competentes, que são menos sujeitas à contaminação política.
O novo ministro também minimizou a pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quinta-feira, que apontou queda de sete pontos percentuais na popularidade do governo Dilma:
— Pelo que vejo, essa pesquisa está fora da curva, não tem sintonia com as demais pesquisas feitas recentemente. Mas sem desmerecer a pesquisa, é trabalhar com tranquilidade, sem se preocupar demasiadamente com pesquisas esporádicas.
Além de falar grosso com a oposição, Berzoini precisa reaprumar a ponte sempre instável nas relações da presidente Dilma Rousseff com o PT. A senadora Ideli Salvati não conseguiu, como titular das Relações Institucionais, ser a interlocutora ideal entre o Palácio do Planalto e o Congresso – e nem mesmo com o partido.
O nome de Berzoini chegou até Dilma depois de ter sido assoprado pelos deputados José Mentor, Cândido Vacarezza e Arlindo Chinaglia, como apurou 247. Eles expressaram dificuldades de serem atendidos. A tarefa igualmente prevê não permitir o aparecimento de rusgas entre Lula e Dilma.
O novo ministro chega ao Palácio do Planalto com acento garantido no núcleo duro do governo, onde se dá o comando, neste momento, do ministro chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Ambos têm posições firmes e decididas, voto e história no partido. A harmonia entre eles – ou o desentendimento – poderá determinar o futuro político da presidente.

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