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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Petistas veem Campos fora das esquerdas

Presidente estadual do PT, Teresa Leitão, disse não estar surpresa com o pacto entre tucanos e socialistas para derrotar Dilma Rousseff (Foto: Peu Ricardo/FolhaPE)

Da Folha de Pernambuco
A estratégia dos presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) para se unirem no segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff (PT) foi recebida pelos petistas como a consolidação da saída do governador de Pernambuco do campo da esquerda. Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa, que se mostrou surpreso com o alinhamento – já que o socialista integrou a base do PT por 11 anos – os passos do ex-aliado mostram que ele tem optado cada vez mais por seguir o caminho da oposição.
“Sempre tivemos Eduardo Campos como de esquerda, mas tem ficado claro que ele prefere seguir outro roteiro”, lamentou Costa. O senador ainda disparou contra a defesa de renovação da política empunhado pelo socialista. “O PSB crítica as alianças do PT, afirmando que são um conchavo, mas quando a aliança é com o PSB, é porque eles são um partido amplo, que quer unir. Esse discurso da nova política é contraditório. O que eles falam não é o que fazem. Não é um discurso que deverá pegar”, avaliou.
Por outro lado, a presidente estadual do PT, deputada Teresa Leitão, disse não estar surpresa com o pacto entre tucanos e socialistas para derrotar Dilma Rousseff, e que os discursos de Eduardo Campos já deram indícios suficientes para a concretização dessa união – um dos pontos decisivos seria a adesão do PSDB à base do governo, e a promessa de que ambos não devem obstacular o pleito nem em Pernambuco, nem em Minas Gerais. Questionada sobre a declaração do governador, de que não entraria em “briga de rua” nem com o PT e nem com a própria Dilma Rousseff, Teresa disse que é preciso ter cuidado ao definir o que significaria o termo.
“Eduardo tem traçado um roteiro e está seguindo. Não tem nada a ver com os posicionamentos do PT e de Dilma. Esse ensaio foi realizado nas eleições municipais de 2012”, rebateu a petista. O deputado federal João Paulo (PT) disse que só irá se pronunciar sobre a hipotética aliança, caso a petista não vença o primeiro turno. “É muito cedo para falar sobre isso”, cravou.

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