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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Black tadinhos



ROGÉRIO GENTILE - FOLHA DE S.PAULO
 Os 'black blocs' foram tratados com benevolência, para não dizer
simpatia, desde os protestos de junho. Artistas, políticos,
intelectuais, publicitários e jornalistas foram condescendentes com
depredações de prédios públicos, ataques a bancos, tentativas de
linchamento de policiais etc., sempre partindo da premissa de que os
vândalos estavam 'mudando o país'.
Caetano Veloso, ao vestir a máscara preta dias depois de manifestantes terem quebrado cinco agências bancárias, uma concessionária e um ônibus no Rio, tornou-se um símbolo da causa. Com a habitual profundidade, disse que, como um 'velho baiano', achava que seria muito 'bonito' se as pessoas saíssem mascaradas no Sete de Setembro.
Na esteira do compositor, atores como Wagner Moura, Mariana Ximenes e Camila Pitanga gravaram vídeo contra o que chamaram de prisões arbitrárias, dias depois de manifestantes indefesos jogarem coquetéis molotov no consulado americano e na Câmara do Rio. A glamorização do vandalismo prosseguiu com uma peça publicitária incentivando a 'estética black bloc'' e com marchinha de Carnaval composta em homenagem a uma 'menina black bloc''.
Mas não parou por aí.

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