Sem a possibilidade de concorrer a cargos majoritários pelo PSDB, o
ex-ministro José Serra é o maior alimentador de uma fusão entre o PPS e
uma segunda legenda. O tucano, que está prestes a aportar no seio
pós-comunista, trabalha para levar o maior número de seus atuais
correligionários com mandato eletivo para a provável futura sigla. E a
maior parte desse grupo seria de paulistas insatisfeitos com a
pré-candidatura presidenciável do senador Aécio Neves (MG).
Além de se vingar dos desafetos tucanos, com essa jogada, José Serra
planeja se transformar em um dos dirigentes partidários mais importantes
do País. Com a possibilidade de replicar o efeito que a janela
proporcionou o atual tamanho do PSDB, o ex-ministro vislumbra ter quadro
repleto de bons e expressivos nomes no projeto. Um feito e tanto para
quem estava praticamente morto na conjuntura nacional.
E, curiosamente, um personagem que teve papel fundamental para a
criação do PSD, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB,
Eduardo Campos, estaria, mais uma vez, exercendo uma influência
primordial para o sucesso da empreitada. É justamente no apoio à
provável candidatura presidencial do socialista que muitos dos seduzidos
a desembarcar nessa futura sigla estão de olho.
Com o PSDB fadado a amargar mais uma derrota, segundo a análise de
alguns, tucanos paulistas e mesmo integrantes de outras legendas que
compõem a base do Governo Dilma Rousseff (PT) observam a alternativa
como uma saída que pode render frutos. A perspectiva de um segundo turno
entre a petista e Eduardo Campos chama, e muito, a atenção desse grupo.
Vamos ver se vai dar praia. ( BLOG DA FOLHA)
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