Por: Inaldo Sampaio
O governador Eduardo Campos
declarou hoje (25), no Recife, na abertura do seminário “Nordeste: como
enfrentar as dores do crescimento”, promovido pela revista
“CartaCapital”, que “não podemos apequenar a discussão política no
país”, reduzindo-a apenas a um mero debate eleitoral sobre as eleições
do próximo ano.
O seminário se realizou no Mar Hotel e teve a presença do governador
da Bahia, Jaques Wagner (PT). O do Ceará, Cid Gomes (PSB), também foi
convidado mas não compareceu.
O governador de Pernambuco falou cerca de 40 minutos com um discurso de presidenciável. Senão vejamos.
Ele defendeu a construção de um novo “Pacto Federativo” para superar
as desigualdades regionais e incrementar o crescimento do país a partir
da próxima década.
Disse que o Nordeste foi o motor do crescimento brasileiro nos anos
de 2008, 2009 e 2010, graças a iniciativas do governo do presidente
Lula, de melhor a renda da população mais pobre, especialmente desta
região.
Lembrou, entretanto, que apesar dos programas sociais de Lula,
mantidos pelo governo Dilma, a participação da região no PIB brasileiro
praticamente não sofreu alteração.
“Precisamos implementar uma política de desenvolvimento regional que
faça com que indústrias como a automotiva ou a do petróleo, gás e
offshore se distribuam pelo País de forma equilibrada”, disse o
governador pernambucano para logo em seguida acrescentar:.
“Neste momento em que precisamos viver um ano de 2013 melhor que
2012, não podemos apequenar a discussão política do País. E só
conseguiremos crescer mais este ano se discutirmos não o País da próxima
eleição, e sim o da próxima década”. afirmou.
Ele finalizou sua intervenção dizendo que apenas 36% do bolo
tributário nacional é compartilhado com os entes federados, quando na
década de 80 era o inverso: 20% era da União e o restante dos estados e
municípios.
Além do governador, estavam na mesa Cledorvino Belini (presidente da
Fiat), João Luiz Perez (Grupo Provider), José Carlos Cosenza (diretor de
abastecimento da Petrobrás), Marcus Temke (diretor de operações da MPX)
e Enrique de Las Morenas (diretor-geral da Enel Green Power).
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