Um homem ajudou Elize Matsunaga, 30, a esquartejar o cadáver de Marcos
Kitano Matsunaga, 41, tornando-se assim coautor do crime. A conclusão é
de um laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Técnico-Científica
de São Paulo, obtido na semana passada pela revista "Isto É". Elize é
ré confessa pela morte do marido em maio.
O laudo é do exame das amostras de sangue encontradas no quarto em que
ela esquartejou o corpo da vítima na madrugada de 20 de maio. Desde que
foi presa, Elize afirma à polícia que cometeu o crime sozinha.
Segundo a revista, os resultados dos exames de DNA detectaram no quarto
a presença de sangue de outro homem além do sangue de Marcos.
Além disso, de acordo com o laudo, há a possibilidade de que haja
sangue de outra mulher, além do de Elize, nas amostras de sangue
feminino que foram coletadas.
Elize Araújo Kitano Matsunaga,
Como foi a morte
Pela versão do promotor criminal do 5º Tribunal do Júri de São Paulo,
José Carlos Cosenzo, Eliza retornou à capital paulista de avião em 19 de
maio, data do crime. Marcos a buscou no aeroporto. Logo após chegarem
ao apartamento do casal, na Vila Leopoldina (zona oeste), pediram uma
pizza. Enquanto Marcos desceu para pegar a pizza, Elize preparou o crime
e se armou. “O Marcos era muito mais forte do que ela, então ela só
teria aquela chance. Se não fosse de surpresa, seria quase impossível
[matá-lo].”
O exame necroscópico apontou que o tiro que matou o empresário partiu
de um ponto mais alto do que ele, atravessou o crânio de trás para
frente e foi feito a uma distância curta, de menos de 12 cm (a queima
roupa). Com base no exame, o promotor acredita que o empresário foi
morto assim que entrou com a pizza ou quando estava comendo,
contrariando depoimento de Eliza, que disse ter disparado após ser
xingada e ter levado um tapa na cara, quando ambos estavam em pé.
Logo após o tiro, diz o promotor, Elize, que tem formação como auxiliar
de enfermagem, degolou o empresário, contrariando a versão dela
própria, que afirmou à polícia ter esquartejado o corpo horas depois do
disparo. “Quando ele foi decapitado, ainda estava vivo”, afirmou Cosenza
apoiou-se no exame necroscópico, que mostrou que havia sangue no pulmão
da vítima, fato pode comprovar que ele estava respirando no momento da
degola.
Depois do crime
A sessão de esquartejamento do corpo durou cerca de dez horas, segundo a
denúncia do MP. Depois, Elize colocou os pedaços do corpo sacos
plásticos, os guardou em malas e seguiu de carro para o Paraná. Após ser
parada pela Polícia Militar Rodoviária em Capão Bonito (SP), decidiu
retornar a São Paulo. Em Cotia (Grande São Paulo), espalhou os sacos ao
longo da estrada dos Pires.
Após chegar à capital, pagou R$ 7.000 ao detetive e foi até um
shopping, onde se desfez da faca usada no crime e comprou uma bolsa de
grife –segundo o MP, para despistar a polícia.
Fonte: UOL
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