O secretário de Agricultura Ranilson Ramos,
coordenador do Comitê Estadual de Combate aos Efeitos da Seca, decidiu
providenciar a instalação de um telefone 0800 em sua secretaria (as
ligações são gratuitas) para receber informações sobre a estiagem. “Queremos mais integração e mais proximidade para ouvir a população,
que está passando por momentos difíceis com a estiagem prolongada”,
disse o secretário de agricultura. Por meio deste telefone, o cidadão poderá obter informações sobre as
medidas que estão sendo implantadas pelos governos estadual e federal
para enfrentar a estiagem. Sábado passado, Ranilson reuniu-se em Afogados da Ingazeira com os
prefeitos do Pajeú para discutir as providências que deverão ser tomadas
para o enfrentamento do problema. Mas ele próprio está ficando angustiado porque a ajuda que a
presidente Dilma Rousseff prometeu dar ao Nordeste na reunião que teve
com os governadores da região, em Aracaju, 15 dias atrás, ainda não saiu
do papel. Nesta mesma reunião o padre Luizinho, criticou os prefeitos presentes que ao invés de fazerem cobranças aos governos, se derreteram em elogios. 17 prefeitos do Sertão do Pajeú perderam uma ótima
oportunidade de mostrar a dura realidade da região provocada pelo
prolongamento da estiagem. E
muitos caminharam nessa direção, provavelmente temendo represálias ou
retaliações. Uma das raras vozes contrárias à postura do Governo, o
prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro (PR), não fez apenas a
intervenção mais dura do encontro como coordenou, ontem, um protesto
contra a demora na remessa dos recursos para o pagamento de carros
pipas, fechando a BR que dá acesso ao município. O
padre e o prefeito de Serra estão cobertos de razão. O que trava e
engessa os demais prefeitos, que deveriam se posicionar com mais firmeza
em defesa do seu povo, é o receio de contrariar um Governo popular.
Fonte:Magno Martins
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