A Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) divulgou, hoje, os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado referente ao ano passado, que chegou a R$ 205,0 bilhões em valores correntes.
O boletim da entidade, desenvolvido através da Diretoria de Estudos, Pesquisas e Estatísticas, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, apontou que o PIB cresceu 1,9% em 2019 em relação ao ano anterior, o que mostra que a economia pernambucana apresentou um comportamento mais acelerado do que a economia nacional no ano, já que o índice do PIB brasileiro foi de apenas 1,1%.
A agropecuária, a indústria e os serviços são os setores econômicos que, segundo a entidade, incrementaram o resultado anual. Respectivamente, os três segmentos apresentaram crescimento de 12,7%; 3,4% e 1,0%.
Já na comparação do quarto trimestre de 2019 com igual período de 2018, o indicador que mede a economia pernambucana apresentou uma elevação real de 2,9%. Esse desempenho decorreu do comportamento, no trimestre, dos setores econômicos, destacando-se a Agropecuária (13,5%) e a Indústria (7,6%); já os Serviços tiveram uma taxa de 1,2%. Em valores correntes, o PIB do quarto trimestre de 2019 alcançou R$ 56,9 bilhões, sendo o maior entre os valores dos três trimestres anteriores no mesmo ano.
Segundo a presidente da Agência Condepe/Fidem, Sheilla Pincovsky, o resultado do ano de 2019 é bastante significativo para o Estado já que o crescimento econômico vem se mantendo num patamar de 2,0%. “O desafio é justamente continuar investindo em setores fundamentais, como educação, para geração de novos empregos e formação de mão-de-obra qualificada, requisitos para indústrias modernas que são mais intensivas em capital”, garante a presidente.
SETORES – O crescimento anual de 1,9% é o resultado do desempenho dos três setores econômicos. Na agropecuária, o destaque foi para a agricultura, com as lavouras permanentes registraram crescimento de 22,0%, destacando-se os incrementos na produção de laranja, banana, manga, uva, maracujá, coco-da-baía, goiana e castanha-de-caju. Já as lavouras temporárias (com 10,4%), tem destaque a cana-de-açúcar, milho, mandioca, melão, melancia e batata-doce. A pecuária apresentou crescimento (5,5%), com destaque para o aumento na produção de ovos, a suinocultura, bovinos e leite.
O crescimento do setor industrial pernambucano (3,4%) decorreu do desempenho positivo das atividades da indústria de transformação (5,2%), destacando-se neste segmento a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (21,1%), de coque, produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (12,7%), de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, perfumaria e higiene pessoal (10,8%), entre outros. Os índices da produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana foi de 2,2%, enquanto a construção civil foi de 0,5%.
O setor de serviços teve um acumulado anual de 1,0% quando comparado a 2018. As atividades do setor que mais contribuíram positivamente para este resultado foram: administração, saúde e educação pública (1,9%); transporte, armazenagem e correio (1,9%); seguido de atividades imobiliárias e aluguéis (1,7%), comércio com 0,3%, entre outros.