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segunda-feira, 9 de março de 2020

Demissão: Michelle se solidarizou com Terra


Por R7 Planalto
Osmar Terra, até dia 13 de fevereiro, ministro da Cidadania, soube da sua demissão ao ler o Twitter do presidente Jair Bolsonaro a bordo de um barco nos encontros das águas dos rios Negro e Solimões. Terra levava uma equipe da Record TV para mostrar os resultados do programa Criança Feliz, lançado ainda no governo Temer pela primeira-dama Marcela, e hoje apoiado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro. 
Entusiasta do programa, Michelle mandou mensagens para o ministro Terra para se solidarizar com a sua situação: a informação de que ele seria demitido e substituído por Onyx Lorenzoni já havia sido antecipada pelo R7 Planalto, apurada pelo repórter Thiago Nolasco, desde quarta (12), mas ainda não tinha sido confirmada oficialmente. Até o Twitter de Bolsonaro. 
Michelle admirava o trabalho do ministro e torcia pela sua permanência. 
Terra não escondeu a decepção ao ler o Twitter do presidente, mas se manteve firme. Seus assessores também pareciam não acreditar. Osmar Terra já sabia que deixaria a pasta e voltaria para a Câmara dos Deputados, mas só esperava a demissão para depois do Carnaval. Até lá poderia se "despedir" e mostrar resultados, como estava fazendo ao acompanhar a equipe da Record TV pela região amazônica, para mostrar os impactos do programa de assistência social à infância nas família ribeirinhas. 
O até então ministro tentou inclusive entrar em contato com Bolsonaro a bordo do barco, mas não teve resposta do presidente. 
Um pouco antes da confirmação da demissão, Osmar Terra gravou com a equipe da Record TV, na comunidade de Careiro da Várzea, região metropolitana de Manaus: 
— Eu vou para a Câmara e vou para o plenário e vou ajudar o presidente no plenário. O governo tem que dar certo. Se o governo não der certo o futuro de muitas gerações estará ameaçado. 
Terra confirmou à reportagem que a possibilidade de ir para uma Embaixada ao deixar o governo chegou a ser discutida, mas o próprio Terra preferiu reassumir o mandato na Câmara em respeito aos eleitores do Rio Grande do Sul. Além disso, a família dele mora atualmente no Canadá, em função de um pós-doutorado da mulher, e essa embaixada, que reuniria a família, não entrou na proposta de Bolsonaro. 
A liderança do governo na Câmara, hoje ocupada pelo Major Vitor Hugo (PSL-GO), foi proposta pelo presidente Bolsonaro, mas Terra ainda está avaliando o convite. Ele também estuda voltar a se dedicar a pesquisas médicas no Rio Grande do Sul, enquanto toca o trabalho na Câmara e neste caso não conseguiria se dedicar à liderança. Terra está prestes a completar 70 anos e a disputa em mais uma eleição ainda está no seu horizonte. O cargo, no entanto, vai depender de uma sinalização de apoio do presidente Bolsonaro. O governo do Rio Grande do Sul é uma possibilidade, assim como Câmara ou Senado.

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