FERNANDO BRITO ·no Tijolaço
Atenção terraplanistas e adeptos de discos-voadores: Frederico Wassef, o advogado de Jair Bolsonaro que Bolsonaro diz que não é seu advogado diz, na Folha, que não deu abrigo a Fabrício Queiroz em sua casa em Atibaia, onde Fabrício Queiroz estava abrigado.
É o samba do causídico doido!
Parece brincadeira, mas é sério: falando à repórter Cátia Seabra, Wassef falou exatamente isto:
“Nunca telefonei para Queiroz, nunca troquei mensagem com Queiroz nem com ninguém de sua família. Isso é uma armação para incriminar o presidente.”(…)”Não escondi ninguém”(…)”Estão me atribuindo coisas que não fiz. O escritório estava vazio. Os móveis estavam do lado de fora da casa. Tudo estava fora do lugar.”
Nunca antes na história deste país viu-se tamanho espetáculo de cara-de-pau.
Daqui a pouco Queiroz vai perguntar, candidamente: “mas quem é Flávio Bolsonaro? Não conheço!”.
O caso Queiroz é, agora, também o caso Wassef.
Bolsonaro negou que ele seu advogado, mas Wassef respondeu que tem uma procuração do presidente, assinada no dia 21 de setembro.
Ainda hoje, o Ministério Público aponta que o ex-capitão Adriano da Nóbrega, o miliciano fuzilado na Bahia, integrava o núcleo político do filho 01 de Bolsonaro, Flávio.
Os fatos vão se precipitar.
A história de que Queiroz se materializou em Atibaia, sem que ninguém o tivesse escondido lá não se sustenta nem durante a tarde modorrenta de um sábado.
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