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domingo, 17 de maio de 2020

Madero vê encalhe de sanduíches após declaração sobre mortes por coronavírus



Do Blog de Esmael

Segundo o dicionário Aurélio, encalhe significa “mercadoria que não teve saída, que não encontrou comprador.” Pois bem, os sanduíches da rede de restaurantes Madero encalharam e não têm compradores.

O empresário Júnior Durski, proprietário do Madero, afirmou neste sábado (16) que seu faturamento despencou por causa da pandemia do novo coronavírus. Depois de falar que o país não deveria parar “por 5 ou 7 mil mortes”, ele lamentou a queda no número de clientes.

Júnior Durski ressaltou que precisará se reinventar no ramo dos restaurantes após a pandemia. Segundo ele, um restaurante em Curitiba, que costumava receber 400 pessoas por dia, atualmente serve apenas 30 clientes ao dia.

A entrevista foi dada à rádio Bandnews FM. A explicação encontrada pelo empresário para queda das vendas é o medo da população de sair de casa e se infectar com o novo coronavírus.

Durski também disse que precisará demitir funcionários para manter a saúde do negócio. Ainda no início da pandemia, ele contou ao jornal O Estado de S. Paulo que sua empresa dispensaria 600 pessoas para diminuir o rombo econômico.

No início da crise da saúde pública, em março, o proprietário do Madero causou revolta na população depois de colocar a economia acima das vidas perdidas pela virose.



“O país não aguenta, não pode parar dessa maneira. As pessoas têm que produzir e trabalhar. Não podemos (parar) por conta de cinco ou sete mil pessoas que vão morrer. Isso é grave, mas as consequências que vamos ter economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus”, disse.

Moral da história: o Madero teve a marca atingida pelo bolsonarismo doentio de Júnior Durski.

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