Fila na Caixa Federal em SP(Foto: Djalma Vassão/FotosPublicas) |
Por Claudia Motta, na Rede Brasil Atual – A Caixa Econômica Federal não é um banco como outros. Responsável pelo pagamento de praticamente todos os programas sociais do governo federal – inclusive o auxílio emergencial de R$ 600 recém-aprovado pelo Congresso Nacional –, a instituição padece de falta de visão de governos que não respeitam sua função primordial.
Nos anos 2000, a Caixa chegou a se fortalecer e passar dos 100 mil bancários, mantendo em crescimento seus ativos que entre 2007 e 2015 aumentaram 195%. Diversos acordos coletivos de trabalho, celebrados entre governo e sindicatos, dispunham inclusive sobre compromissos de novas contratações.
Mas, desde o golpe de 2016 e da chegada de Jair Bolsonaro à Presidência da República, o banco e seus funcionários voltaram a sofrer – e consequentemente os clientes e usuários. Nesse período acentuaram-se ameaças de privatização, cobrança por metas absurdas e programas de demissão tornaram a rotina nas unidades do banco público ainda mais estafante. A situação se agravou de forma alarmante com a pandemia do novo coronavírus.
A Caixa é o único banco responsável por pagar o auxílio emergencial a mais de 45 milhões de brasileiros. Trabalhadores que estão na linha de frente das agências se esforçam para administrar o caos provocado pelo governo federal.
“Neste Dia do Trabalhador a gente se solidariza com todos os trabalhadores, mas em especial com os bancários da Caixa, que está sofrendo duplamente porque acaba pagando as consequências da irresponsabilidade do governo Bolsonaro pela forma como tem executado o auxílio emergencial”, diz a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva.
Tristeza e sofrimento
A demora na liberação do auxílio emergencial, a burocracia em torno da liberação dos R$ 600 do auxílio e a falta de informações mais claras e assimiláveis, justamente para a população que mais precisa e tem dificuldade nesse acesso via internet, transformou as agências da Caixa em barris de pólvora, prontos a explodir. A preocupação com o contágio dos cidadãos e dos funcionários é uma constante entre os representantes dos bancários.
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