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quinta-feira, 23 de abril de 2020

Planalto estuda dar pasta do Trabalho a Roberto Jeferson

Os generais que cercam o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto convenceram o chefe do Executivo de que o único meio de melhorar seu relacionamento com o Congresso será através de uma reforma ministerial.

Nessa reforma, há duas peças a serem jogadas.
A primeira, um aceno aos partidos de que o Planalto quer participar da sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente da Câmara. O relacionamento de Maia e Bolsonaro é considerado insustentável.
Bolsonaro está disposto a distribuir cargos no governo. O presidente começou, inclusive, uma rodada de encontros com presidentes de partidos. Hoje ele se reúne com o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP). Amanhã, com o presidente do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto.
A segunda peça a ser jogada na reforma ministerial é o esvaziamento da pasta da Economia, comanda pelo Posto Ipiranga Paulo Guedes, cuja política recessiva já não vinha dando certo, segundo os militares, e pode ser desastrosa em tempos de pandemia do coronavírus.
O primeiro passo está sendo obrigar Guedes a engolir um grande plano de investimentos com incentivo estatal, apelidado de "Plano Marshal".
O plano terá forte influência do ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Neto, e do Ministério da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas.
A seguir, a ideia é esvaziar a pasta de Guedes de outras atribuições, inclusive com a divisão de seu Ministério. Há duas ideias em jogo.
A tese que tem mais força, no momento, é a de recriar o Ministério do Trabalho e oferecer o comando ao PTB, presidido por Roberto Jefferson (RJ). Clique aqui e confira a matéria completa no blog do Tales Faria.

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