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sábado, 25 de abril de 2020

Boeing desiste de comprar Embraer

Entre as causas da desistência do negócio de US$ 4,2 bilhões está a crise econômica advinda da pandemia do novo coronavírus. A negociação envolvia a fusão entre as duas empresas, que teria 80% da nova companhia comandada pela Boeing
(Foto: Reuters)


247 - A empresa estadunidense Boeing desistiu do acordo bilionário firmado para comprar a brasileira Embraer. 

Entre as causas da desistência do negócio de US$ 4,2 bilhões, está a crise econômica advinda da pandemia do novo coronavírus. A negociação envolvia a fusão entre as duas empresas, que teria 80% da nova companhia comandada pela Boeing. 

Além disso, a pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, em meio ao auxílio destinado pelo governo dos Estados Unidos para manter a empresa viva com as dificuldades amargadas pelo setor aéreo graças à pandemia inviabilizaram o acordo.


Em entrevista a Veja, Richard Aboulafia, vice-presidente de análise do Teal Group, consultoria de aviação norte-americana, afirmou que a não consolidação do acordo não causa impactos relevantes à situação da Embraer. “A Embraer era uma fonte importante para os engenheiros para viabilizar a montagem de um novo Boeing de tamanho médio, mas não parece que esse projeto sairá do papel tão cedo. O único problema mais sério para eles é que eles não terão uma aeronave para concorrer com a Airbus, que tem o modelo A220, mas isso não é uma prioridade para a companhia”, afirma ele. 

Segundo ele, a Boeing terá de pagar entre 75 milhões de dólares e 100 milhões de dólares pela quebra do acordo. As negociações também dependiam do aval da União Europeia já que, em setembro, o bloco anunciou que abriria investigação sobre a compra da divisão comercial da Embraer.

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