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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Financial Times desmascara Bolsonaro e Globo com uma só cajadada















Bastou apenas uma cajadada para que o jornal inglês Financial Times desmascarasse, na noite desta terça-feira (3), a fraude da Rede Globo e do presidente Jair Bolsonaro acerca do pibinho de 0,6% no trimestre.


De acordo com reportagem do jornal londrino, as estatísticas econômicas do governo brasileiro têm falhas nos números sobre as exportações, que influenciam a cotação da moeda, e superfaturado o pibinho para 0,6%, ou seja, o diabo pode ser pior ainda do que foi pintado.

Gustavo Rangel, economista-chefe da América Latina no ING Financial Markets, em Nova York, afirmou que os dados do PIB, embora melhores do que o esperado, levantaram dúvidas entre alguns analistas por causa de um número incomumente grande de estoques de empresas, um indicador negativo para a atividade econômica.


O FT registra que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) admite que pode ter que revisar os dados do terceiro trimestre, mas normalmente faria isso em apenas um ano. No entanto, dada a magnitude do erro do Ministério da Economia, era possível que um número revisado fosse divulgado juntamente com os números do quarto trimestre, programados para o início de março de 2020.

A TV Globo preparou o terreno na segunda-feira (2) e nesta terça o IBGE divulgou a fake news do pibinho de 0,6% no tri. Fez literalmente um papelão ao vivo no Jornal Nacional.

Portanto, os dados econômicos de Bolsonaro não são verdadeiros, como desconfiou desde o primeiro momento este Blog do Esmael –cuja veracidade do pibinho também foi questionada pelo Financial Times.

Se o Brasil fosse sério e não fosse um país de picaretas, o ministro Paulo Guedes seria demitido sumariamente.

Deus acima de tudo?

FERNANDO BRITO · no Tijolaço


A abolição da exigência de que grandes empresas cumpram uma cota de contratação de pessoas com deficièncias é uma das coisas mais cruéis que já propôs o atual governo.

Nossa legislação não é perfeita, mas é positiva e já possibilitou a inclusão de milhares de pessoas no mundo do trabalho e, com isso, no sentimento de dignidade e auto-estima.

A ideia de substituir a contratação de pessoas com deficiência por uma “taxa” a ser paga para financiar programas de reabilitação é uma desavergonhada ação para tornar privada uma ação de saúde que é obrigação do poder público.

E depois, a reabilitação laboral servirá para quê, se não há políticas para garantir que alguém que voltou a ser apto ao trabalho possa obter um emprego?

Mas ela integra o processo de maldade objetiva que marca essa gente, que tudo o que faz é voltar-se contra os pobres, contra idosos, os vulneráveis.

E, neste caso, a aparência é de que isso foi urdido no próprio Ministério da Economia, atendendo a pedido de empresas que adoram falar em responsabilidade social, desde que isso fique fora dos seus portões.

Brasil recebe prêmio irônico de ONGs


Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente do Brasil (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Da Veja - Por Diego Freire


Rede internacional que reúne mais de 1.300 organizações não-governamentais (ONGs) ligadas ao combate das mudanças climáticas, a The Climate Action Network (CAN) ofereceu o prêmio irônico “fóssil do dia” a três países presentes na COP-25, a Conferência Internacional sobre Mudança Climática das Nações Unidas, realizada em Madri. O troféu crítico da associação, tradicional na cúpula, foi entregue a Austrália, Japão e Brasil nesta terça-feira 3.
Não é a primeira vez que o Brasil é “homenageado” com a condecoração. Na cúpula de 2017, realizada em Bonn, na Alemanha, o governo brasileiro ganhou o “fóssil” por conta de uma medida provisória que propôs reduzir impostos da exploração e produção de petróleo e gás.
A 25ª edição da conferência da ONU, que dura até o dia 13 de dezembro, reúne representantes de 195 países e membros da sociedade civil para discutir os detalhes técnicos e legais do Acordo de Paris para o clima.
A COP-25 estava prevista para acontecer inicialmente no Brasil, mas o presidente Jair Bolsonaro decidiu não sediar o evento em novembro de 2018, alegando na época falta de recursos. A conferência passou então para Santiago, no Chile, mas a sede teve que ser alterada a pouco mais de um mês da reunião por causa dos violentos protestos contra o governo de Sebastián Piñera.
Como justificativa, a CAN, que tem representantes em mais de 120 países, fez ataques às políticas ambientais dos três governo: o Brasil por “culpar a sociedade civil pelas queimadas na Amazônia“; a Austrália por conta de seus ministro Scott Morinson, que “jogou críquete durante incêndios florestais” e já negou os efeitos dos incêndios nas mudanças climáticas; e o Japão por sua política de expansão e dependência do carvão.
Em postagens nas redes sociais nesta terça-feira 3, a rede de ONGs criticou os governos dos três países e declarou que eles “empataram” e conseguiram “ser um tão ruim quanto o outro

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Trump restaura tarifa sobre aço e alumínio do Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás em uma decisão tomada em agosto de 2018 e decidiu restaurar tarifas na importação de aço e alumínio que são comprados do Brasil e da Argentina. Hoje, pelo Twitter, Trump justificou a decisão por conta da “desvalorização maciça” do real e do peso argentino.
“Brasil e Argentina têm presidido uma desvalorização maciça de suas moedas. o que não é bom para os nossos agricultores. Portanto, com efeito imediato, restaurarei as Tarifas em todo Aço e Alumínio enviado para os EUA a partir desses países”, escreveu o republicano.
A medida é prejudicial ao Brasil, que vive uma aproximação com a China, que está em guerra comercial com os EUA. O movimento de Trump, de caráter protecionista, ocorre em meio ao processo de impeachment sofrido por ele. Segundo o presidente dos Estados Unidos, a medida visa proteger os fabricantes e agricultores do país.
O Federal Reserve (banco central dos EUA) deveria agir da mesma forma, para que países, que são muitos, não se aproveitem mais nosso dólar forte, desvalorizando ainda mais suas moedas. Isso torna muito difícil para nossos fabricantes e agricultores exportarem seus produtos de maneira justa”, disse ele.

domingo, 1 de dezembro de 2019

Os impuníveis

FERNANDO BRITO  no Tijolaço·



Estadão e UOL publicam hoje que o Ministério da Justiça anulou o processo administrativo disciplinar que concluíra pela suspensão por oito dias o delegado federal Mário Moscardi Grillo, por haver conduzido de forma torta a sindicância que apurava a colocação de um grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef, ainda nos primórdios da Lava Jato.

Nem é notícia nova, porque há exato um mês Marcelo Auler o noticiou, explicando todo o embrulho que, afinal, vai “ficar por isso mesmo”

Na Veja, retrata-se o recurso de Deltan Dallagnol contra a fraquíssima punição que o Conselho Nacional do Ministério Público lhe impusera, por chamar de “panelinha” e de estimuladores da “leniência” três ministros do STF, alegando que depois das quatro ações que interpôs para adiar o julgamento, o caso estaria prescrito.

Num e noutro caso, os defensores das punições açodadas, os críticos dos recursos protelatórios, os homens que denunciam a morosidade e a impunidade saem, afinal, ilesos.

O filme cada vez mais tem novo nome: sai o “A lei é para todos” e fica “A lei é para os outros”.

Israel: manifestantes vão às ruas pedir renúncia de Netanyahu

Na última semana, o primeiro-ministro israelense foi indiciado em uma série de casos de corrupção.
Foto: Abir Sultan/Agência Lusa
Por Redação da Veja


Milhares de israelenses foram às ruas de Tel Aviv para pedir a renúncia do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, após acusações de corrupção contra o premiê. Os manifestantes carregavam bandeiras de Israel e cartazes descrevendo Netanyahu como corrupto.
Na última semana, o primeiro-ministro israelense foi indiciado em uma série de casos de corrupção, aprofundando os desajustes do sistema político do país, que está paralisado, e ameaçando a permanência de Netanyahu no poder, que já dura dez anos. Ele nega as acusações e rejeita a hipótese de renunciar, acusando os procuradores de “tentativa de golpe”.
Netanyahu foi indiciado por envolvimento em três casos. Em dois deles é acusado de ter trocado favores por coberturas favoráveis na imprensa local, e no terceiro de ter recebido presentes no valor de 700.000 shekels (cerca de 853.000 reais) de um produtor de Hollywood. 
Em uma declaração televisionada, o premiê disse que, embora respeite as autoridades judiciais de Israel, “você teria que ser cego para não enxergar que tem algo de errado com a polícia e a promotoria, porque hoje à noite estamos testemunhando uma tentativa de golpe do governo contra o primeiro-ministro através de ‘libelos de sangue’ e um processo de investigação tendencioso”, reporta o jornal israelense Haaretz.
Com “libelos de sangue”, Netanyahu refere-se à acusação histórica de que o povo judeu sacrificava crianças cristãs para usar seu sangue em rituais religiosos, um dos motivos da perseguição de judeus na Europa.
O primeiro-ministro vem tratando as acusações como uma tentativa de golpe.
(Com Estadão Conteúdo)

Maria do Socorro: quem te viu, quem te vê

Foto: Diuvulgação/via Correio 24 horas
Por Carlos Brickmann

Sabe a ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, Maria do Socorro, apanhada pela Operação Faroeste e detida por ordem do Superior Tribunal de Justiça? Em 2015, pouco antes de assumir a presidência do TJ, em Salvador, a desembargadora Maria do Socorro avaliou a Lava Jato: “Acho que o processo está sendo eficiente (...) a justiça está sendo feita e os culpados deverão ser punidos (...) O povo está carente de Justiça e temos que mostrar que estamos aqui para servir”.