A abolição da exigência de que grandes empresas cumpram uma cota de contratação de pessoas com deficièncias é uma das coisas mais cruéis que já propôs o atual governo.
Nossa legislação não é perfeita, mas é positiva e já possibilitou a inclusão de milhares de pessoas no mundo do trabalho e, com isso, no sentimento de dignidade e auto-estima.
A ideia de substituir a contratação de pessoas com deficiência por uma “taxa” a ser paga para financiar programas de reabilitação é uma desavergonhada ação para tornar privada uma ação de saúde que é obrigação do poder público.
E depois, a reabilitação laboral servirá para quê, se não há políticas para garantir que alguém que voltou a ser apto ao trabalho possa obter um emprego?
Mas ela integra o processo de maldade objetiva que marca essa gente, que tudo o que faz é voltar-se contra os pobres, contra idosos, os vulneráveis.
E, neste caso, a aparência é de que isso foi urdido no próprio Ministério da Economia, atendendo a pedido de empresas que adoram falar em responsabilidade social, desde que isso fique fora dos seus portões.
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