O Brasil de hoje supera, longe, o que qualquer imaginação fértil seria capaz de imaginar.
É uma espécie de “triangular decisivo”, como nos torneios de futebol antigos, disputado por primos-irmãos do Inferno.
Comandos bolsonaristas começaram a cercar o governador Wilson Witzel por onde quer que ele vá, aos gritos de traidor, traidor”.
Witzel reage mandando a polícia abir inquérito sobre um vídeo produzido por milícias virtuais do ex-capitão dizendo que ele liberou dinheiro do Estado do Rio de Janeiro para a Globo, como forma de “compensar” os prejuízos da emissora como o anunciado corte de verbas publicitárias do governo federal.
Governo Federal que está embarreirando a continuidade do plano de recuperação financeira do Estado, formalmente por detalhes técnicos nos quais ninguém acredita serem empecilhos.
Mas não termina aí.
Agora, Jair Bolsonaro assume o papel de juiz, promotor e polícia e manda Carluxo “apreender” os registros dos telefonemas entre a portaria de seu condomínio e as casas dos moradores:
(…)e outra, nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de anos, a voz não é minha.
E garantiu que, embora o inquérito seja estadual, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, que passa a agir como milícias do ex-capitão:
— Está requisitado, está tudo deferido, é a Polícia Federal, com o assessoramento do Ministério Público Federal lá da seção do Rio de Janeiro. Vamos ouvir o porteiro, vamos ouvir aí o delegado também, o delegado que é muito amiguinho do governador, e logicamente que gostaria que o governador também participasse, né?
O Rio de Janeiro sofre há tempos com as “guerras entre facções”.
Embora alguém precise lembrar para criarem o slogan: “o nosso comando jamais será vermelho”.
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