FERNANDO BRITO ·no Tijolaço
Quando Jair Bolsonaro passou a rasteira no minúsculo Partido Ecológico nacional – que virou “Patriota” para agradar o ex-capitão, fez um acordo de arrendamento com Luciano Bivar, dono da sigla PSL.
Recebeu a gerência do negócio, entregue às mãos capa(ta)zes de Gustavo Bebianno, enquanto Bivar se licenciava.
Toda a movimentação das finanças do partido, quando não determinadas, ao menos homologadas eram pelo então homem de confiança do ex-capitão.
Eleito Bolsonaro, o “trato” de devolver a legenda a Bivar foi cumprido.
Mas Bolsonaro não contava que Bivar pudesse acabar sendo um polo de agregação das insatisfações crescentes dentro da bancada com a instituição do poder familiar que Bolsonaro imprime a qualquer lugar em que esteja.
Poder que, em dois meses, defenestrou o ex-homem forte Bebianno do cargo de ministro.
Neste BBB de Bolsonaro, Bebianno e Bivar, sabe-se tudo o que se passou dentro da casa.
Bebianno fez cenas de revelar, mas delas recuou atraído pelo destino de que se vê merecedor, como “articulador político” de altas rodas empresariais.
Bivar não tem estas pretensões e fez seus acordos ali mesmo pelo baixo clero parlamentar.
Não é barulhento, como Olímpio, Hasselman ou Frota.
Parece mais homem de tocaia.
Mas que terá de se expor, se quiser atirar e nem o tocaieiros querem morrer, na política e nos negócios.
Talvez seja essa a razão de Moro ter despachado uma “volante” federal para entrar em sua casa para procurar improváveis provas de laranjices feitas há mais de um ano.
É que a lei do silêncio depende de intimidação.
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