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sexta-feira, 4 de outubro de 2019

O triunfo da “balbúrdia”



no Tijolaço 

Cinco meses atrás, o sujeito que ocupa o Ministério da Educação – é questão de decoro não chamá-lo de ministro – disse que as universidades federais eram antros de “balbúrdia”, não de educação, procurando justificar com isso o corte de suas verbas.

Hoje, nos resultados do exame de qualidade feito pelo próprio MEC nas instituições de ensino superior, a prova de que Abraham Weintraub não é nada além de um xingador profissional e uma figura patética .

Perto de dois terços (64%) dos cursos das universidades federais tiveram os conceitos ótimo (5) e bom (4). Com o conceito 3, regulares, foram 25%, o que deixou apenas 11% entre os conceitos 2 (ruim – 9%) e 1 (péssimo – 2%).

As universidades privadas onde, em tese, não haveria balbúrdia – porque, afinal, paga-se caro para estudar – tem resultado virtualmente inverso: só 3% alcançaram o grau máximo, enquanto o conceito de bom ficava em 18%. Portanto, apenas uma em cada cinco pode ter um desempenho chamado de satisfatório. As regulares- conceito 3 – foram quase a metade (48%), enquanto as ruins e péssimas somaram 32%. Um terço, praticamente.

É a visão tacanha de gente que não tem a menor intimidade com o ensino, que pensa que uma universidade deve ter códigos de comportamento próximos aos de colégios internos ou de quartéis.

Como os homens de plantão no comando de nossa educação, que acham que ela será melhor espalhando PMs pelo pátio, para zelar pela a única disciplina que valorizam: a disciplina comportamental.

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