247-Alunos evangélicos da da Escola de Música da UFRJ têm se recusado a cantar composições do músico Heitor Villa-Lobos (1887-1959), reconhecico internacionalmente como um dos grandes nomes da música brasileira, por acharem que algumas de suas canções "fazem reverência a um demônio de religiões de origem africanas”
9 de setembro de 2019, 09:54 h Atualizado em 9 de setembro de 2019, 10:24
“Pode parecer absurdo que alunos de música de uma universidade do país se recusem a tocar ou cantar músicas do genial compositor Heitor Villa-Lobos (1887-1959), mas isso está ocorrendo com frequência”, destaca o jornalista Paulo Lopes em seu blog. A reportagem ressalta que a professora Canto da Escola de Música da UFRJ Andrea Adour observou que alunos evangélicos têm se recusado a cantar a música “Xangô” por “acharem se trata de uma reverência a um demônio de religiões de origem africanas”.
Ainda segundo o texto, outros compositores, como Guerra Peixe, Francisco Mignone e Waldemar Henrique, que também fazem uso de matrizes afro-brasileira, também tem sido alvo da intolerância religiosa.
Andrea Adour, que coordena o Africanias, um grupo de pesquisa sobre as influências negra e indígena no repertório brasileiro, diz que mesmo explicando que a universidade e um espaço laico e que a música é arte, não estando vinculado a práticas religiosas, e que Villa-Lobos é reconhecido internacionalmente nem sempre e possível convencer os estudantes evangélicos. Ainda segundo ela, muitos acabam por desistirem do curso ou trancam a matrícula.
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