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domingo, 18 de agosto de 2019

Até caseiro do sítio de Atibaia foi investigado clandestinamente

Deltan Dallagnol pediu ao atual chefe do Coaf que desse uma “olhada informal” nas informações fiscais do caseiro Elcio Vieira da Silva, conhecido como Maradona. O objetivo, claro, era perseguir o ex-presidente Lula

(Foto: Lula sítio Atibaia)

247 – A reportagem do Intercept revela os meandros do estado policial montado pela Lava Jato. "Em 15 de fevereiro daquele 2016, Dallagnol sugeriu aos colegas no grupo 3Plex que pesquisassem as declarações anuais de imposto de renda do caseiro Elcio Pereira Vieira, conhecido como Maradona”, informa a reportagem. “Vcs checaram o IR de Maradona? Não me surpreenderia se ele fosse funcionário fantasma de algum órgão público (comissionado)”, disse. “Pede pro Roberto Leonel dar uma olhada informal”. Uma semana depois, Moro autorizou a quebra do sigilo fiscal do caseiro.


15 de fevereiro de 2016 – grupo 3Plex

Deltan Dallagnol – 15:53:20 – Vcs checaram o IR de Maradona? Não me surpreenderia se ele fosse funcionário fantasma de algum órgão público

Dallagnol – 15:53:24 – (comissionado)

Julio Noronha – 15:55:00 – Não olhamos… Vou colocar na lista de pendências

Dallagnol – 15:56:32 – Pede pro Roberto Leonel dar uma olhada informal

Noronha – 15:56:39 – Ok!

"Em 6 de setembro de 2016, o procurador Athayde Ribeiro Costa informou aos colegas no grupo 3Plex que pediu a Leonel para averiguar se os seguranças de Lula tinham adquirido uma geladeira e um fogão, dois anos antes, para equipar o triplex que a empreiteira OAS diz ter reformado para o petista no Guarujá. Costa enviou ao auditor sem autorização judicial, os nomes de oito seguranças que trabalhavam para o ex-presidente, além do nome de duas lojas”, apontam ainda os jornalistas do Intercept.

Informado sobre o teor das conversas envolvendo o atual chefe da instituição, o Coaf não se manifestou. Roberto Leonel também preferiu ficar em silêncio.

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