247 – Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, o jornalista Reinaldo Azevedo defendeu o inquérito sobre fake news conduzido pelo Supremo Tribunal Federal. "Entendo que o presidente do Supremo, nas circunstâncias dadas, seguiu o artigo 43 do Regimento Interno, recepcionado com força de lei pela Constituição, quando determinou a abertura de um inquérito para apurar fake news e outras agressões industriadas contra o tribunal. Aí se deu um vazamento ilegal de peça que nem ainda integrava o processo. O crime foi cometido pelo servidor a quem cabia guardar o sigilo. Tem de ser investigado. Ainda que não se tratasse de censura prévia, foi uma boa ideia mandar retirar do ar os textos que têm como objeto o tal vazamento? Não", diz ele.
Ele lembra ainda que, censura prévia de fato, ocorreu no caso Lula. "A propósito: quando Luiz Fux impediu a colunista Mônica Bergamo de entrevistar Lula —impondo ao jornal, aí sim, censura prévia—, onde estavam alguns dos mais entusiasmados e supostos críticos do que agora chamam "censura"? Ora, aplaudindo a decisão —e isso inclui os veículos que foram alvos da interdição. Embora um caso ofenda o valor constitucionalmente protegido (a decisão de Fux), e o outro não —basta ler a Carta—, a minha opinião foi a mesma em ambos: publique-se!", afirma.
Não por acaso, "nunca antes na história deste país" tantos fascistoides defenderam a liberdade de expressão, escreveu ainda o jornalista.
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